Em sete semanas de acordos para o pagamento de dívidas, o programa Desenrola Brasil renegociou R$ 11,7 bilhões em débitos bancários. O volume financeiro faz parte de 1,6 milhão de contratos, beneficiando mais de 1,2 milhão de consumidores.
Os dados são do balanço mais recente divulgado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Na primeira fase do programa, a renegociação abrange dívidas bancárias — como as de cartão de crédito e cheque especial — de pessoas com renda entre dois salários mínimos (R$ 2.640) e R$ 20 mil, em negociação direta com as instituições financeiras, independentemente do valor devido.
Além disso, desde o lançamento da iniciativa, em meados de julho, os bancos retiraram dos cadastros de inadimplentes — como Serasa e SPC — cerca de 6 milhões de registros de clientes que tinham dívidas bancárias de até R$ 100,00.
Neste mês de setembro, terá início a segunda fase do Desenrola. Nesta etapa, serão contemplados os cidadãos da chamada Faixa 1, que recebem até dois salários mínimos (R$ 2.640) ou que estejam inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) e têm dívidas que, somadas, chegam a R$ 5 mil.
Os débitos em geral serão negociados por meio de uma plataforma on-line que está sendo criada. O valor poderá ser parcelado em até 60 vezes. Os juros do financiamento serão de 1,99% ao mês. O pagamento das parcelas poderá ser feito por débito em conta, Pix ou boleto bancário.