Em reunião ocorrida no Palácio da Abolição, em Fortaleza, a primeira-dama do Estado e presidente do Comitê Intersetorial de Governança do Programa Ceará Sem Fome, Lia de Freitas, reuniu-se com representantes do Grupo de Líderes Empresariais (Lide) do Ceará. Entre as pautas abordadas estava a atuação do grupo no grande Pacto por um Ceará Sem Fome, principalmente no que se refere às cozinhas do programa, e também na geração de emprego e renda. O momento ocorreu na sexta-feira (15), quando também estiveram presentes, o assessor especial do Gabinete da Primeira-Dama, Cícero Cavalcante; o secretário executivo da Infância, Família e Combate à Fome da Proteção Social (SPS), Caio Cavalcanti; e o secretário do Trabalho, Vladyson Viana.
Lia falou sobre as ações imediatas do programa, que são o cartão e as cozinhas Ceará Sem Fome, bem como de campanhas de arrecadação de alimentos. “Nós apresentamos o programa Ceará Sem Fome, as dificuldades que o nosso povo enfrenta, principalmente os voluntários das cozinhas Ceará Sem Fome. Prontamente, todo o grupo que estava conosco, composto por empresários, se motivou a doar kits com utensílios e equipamentos para essas cozinhas. Saímos também com um encaminhamento para fazermos uma visita in loco a essas cozinhas, juntamente com todos eles, para que eles conheçam a situação dessas pessoas que vivem em extrema vulnerabilidade”, destacou Lia.
A primeira-dama apresentou ainda o panorama das cozinhas visitas pelas equipes técnicas e quais as suas principais carências. Atualmente, 62 Cozinhas Ceará Sem Fome estão em funcionamento em Fortaleza, Caucaia e São Gonçalo do Amarante. Ao todo, são 6.200 refeições prontas distribuídas para pessoas em situação de vulnerabilidade, diariamente. O investimento é de R$ 45 milhões, repassadas às 24 Unidades Gerenciadoras. Ao fim, serão até 1.289 cozinhas. A previsão de distribuição é que 100 mil alimentações todos os dias.
Ações estruturantes
Em sua fala, o secretário do Trabalho, Vladyson Viana, abordou sobre a mudança no Bolsa Família. Em sua nova regra, o programa permite que as famílias que elevem a sua renda para até meio salário-mínimo (R$ 660) por pessoa continuem recebendo parte do Bolsa Família por até dois anos.
O secretário reforçou a importância das empresas chegarem também com ofertas de empregos para pessoas que se encontram no CadÚnico. “Qual o nosso intuito? Vocês representam o empresariado cearense e são quem geram os postos de trabalho e fazem o desenvolvimento econômico do nosso estado. Então, a cada vaga disponível, neste fluxo, nós ofertaremos qualificação. A Secretaria da Proteção Social tem um conjunto de ações de qualificação profissional. Foram mais de 11 mil novas vagas anunciadas por meio do Criando Oportunidades. Então, ao qualificar esse cidadão, esse beneficiário do Bolsa Família a ocupar esse posto de trabalho, isso garantirá a efetividade dessas ações. Além da ação emergencial, incentivar e estimular esse processo é fundamental”, ressaltou.
“O maior programa social que nós podemos fazer é a geração de emprego. Mas nós precisamos de fato aliar isso com outras observações sobre como podemos sair realmente desse embate que se arrasta há tantos e tantos anos. Às vezes mais do que trazer respostas em uma reunião, vale mais a gente trazer questionamentos. Nós entendemos que essa junção do público com o privado e com o terceiro setor dará muito certo”, destacou a presidente do LIDE, Emília Buarque.