Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
O presidente Lula (PT) foi aconselhado por auxiliares próximos a deixar a indicação do próximo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) para o ano que vem. De acordo com os interlocutores do Planalto Central, a ação visa evitar desgastes do indicado junto à opinião pública. Acrescenta-se que essa atividade objetiva, especialmente, evitar uma demora larga para que o nome apresentado pela Presidência da República seja levado à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal.
A CCJ é a fase primária para avaliação da indicação. Na CCJ o possível membro da Suprema corte é confrontado pelos senadores sobre temas variados. Observa-se que os integrantes da gestão Lula temem que o presidente da Comissão, Davi Alcolumbre (PSD), evite pautar a indicação ainda este ano, levando a discussão naturalmente para 2024. O que causaria um extenso tempo de desgaste público e político ao indicado pelo petista, bem como ao próprio governo.
Pontua-se que Lula tem sofrido uma série de pressões para indicar uma mulher negra para o STF, porém, até esse momento não há comprometimento do presidente em fazê-lo. Os favoritos do petista são o atual ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas.
Lembra-se em abril Lula manifestou-se por Cristiano Zanin no STF, nome aprovado pelo Senado. A nova indicação irá substituir a ministra Rosa Weber, que deixou a corte no final de setembro, pouco antes de completar 75 anos, idade máxima para permanecer na suprema corte brasileira.