Presidente estadual do Partido Social Democrático (PSD) no Ceará, Domingos Filho adiantou, em entrevista ao PontoPoder nesta quinta-feira (26), que não irá seguir outro caminho na formalização de apoios para a Prefeitura de Fortaleza que não seja aquele encabeçado pelo grupo do governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), e do ministro da Educação, Camilo Santana (PT).
Questionado sobre uma possível aliança com o Partido Democrático Trabalhista (PDT), caso este coloque outro nome que não seja o atual prefeito José Sarto, com quem rompeu em agosto desse ano, o partidário foi categórico em dizer que não pretende retroceder na decisão tomada.
"Na política a gente conversa sempre e com todas as pessoas. Eu, Domingos Filho, na minha história política não tenho dado um passo para voltar atrás. Hoje nós vamos tratar dentro da base do Governo Elmano, com Camilo [Santana], com Elmano [de Freitas], com Cid [Gomes], com todos que estão e com os demais partidos que estejam. É nessa frente que nós estamos", salientou.
Uma aliança com o PDT não é descartada, segundo ele, desde que ela esteja no mesmo arco de aliança. "Essa frente vai incluir o PDT? Sim ou não? Não sei. Então, assim... não fazemos política com vetos, vetando ninguém, mas respeitando compromissos e trabalhando as alianças que a gente está. Se estamos dentro da aliança, vamos esgotar todas as possibilidades dentro da nossa aliança", sustentou.
O titular do diretório estadual do PSD afirmou que a mesa de negociações ainda não foi montada para dialogar sobre qual será o nome que representará o bloco nas urnas. A definição, ele disse, só deverá acontecer depois que as questões internas sejam solucionadas.
QUAIS PARTIDOS ESTARÃO ALIADOS?
Considerando tal circunstância, Domingos lançou uma série de questionamentos. "Quais os partidos vão estar na mesa com o mesmo propósito de apoiar um partido da base? Isso realmente vai ser assim? A base vai seguir unida ou não?", provocou.
Para ele, todos as figuras que já demonstraram interesse em concorrer são bastante competitivas, inclusive o próprio mandatário da Capital cearense. "Você está numa circunstância que com até 20% você está no segundo turno".
Na sua interpretação, quatro players merecem destaque neste circuito: o Capitão Wagner (União), o provável candidato do Partido Liberal, a candidatura que sairá da base do Governo Elmano e a de Sarto.
Apesar do prognóstico, o momento, segundo o político, exige "muita paciência, muito diálogo e muita unidade". Além disso, julgou, muitos fatos políticos podem acontecer e dois elementos são essenciais nesse período, a unidade do PT e a unidade do PDT.
Ponto Poder