Artigo: Aplicação da hidroterapia é estratégia eficiente para reduzir gastos da saúde pública

Blog do  Amaury Alencar
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                                                  fotos: Divulgação/Sesc


Em meio aos desafios enfrentados pelo sistema de saúde pública, uma abordagem

inovadora tem se destacado como uma alternativa eficaz para promover a reabilitação e,

ao mesmo tempo, reduzir os custos do erário: a hidroterapia. Esta modalidade

terapêutica, que utiliza a água como meio de tratamento, não só proporciona benefícios

físicos, mas também pode apresentar resultados econômicos significativos no âmbito dos

tratamentos médico-hospitalares.

A hidroterapia tem se revelado uma ferramenta valiosa no tratamento de uma variedade

de condições médicas, desde lesões ortopédicas até distúrbios neuromusculares. A

resistência da água oferece suporte ao corpo, reduzindo o impacto nas articulações e

facilitando movimentos suaves, tornando-a particularmente eficaz para pessoas com

limitações físicas. Além disso, a utilização de água aquecida contribui para o relaxamento

muscular, o alívio da dor e a melhoria da circulação sanguínea.

Ao aplicar a hidroterapia como parte integrante dos programas de reabilitação, os

benefícios são evidentes. Pacientes experimentam uma recuperação mais rápida, maior

mobilidade e, muitas vezes, reduzem a dependência de medicamentos. Isso não apenas

melhora a qualidade de vida, mas também resulta em menos visitas hospitalares e

consultas médicas.

A economia gerada pela incorporação da hidroterapia nos tratamentos é particularmente

relevante para o sistema de saúde pública. Reduzir a necessidade de intervenções

médicas intensivas, cirurgias e medicamentos caros não apenas alivia a pressão sobre os

recursos limitados, mas também permite que os profissionais de saúde foquem em áreas

mais críticas. Ademais, o ambiente aquático da hidroterapia oferece uma abordagem

preventiva, reduzindo a recorrência de certas condições e, consequentemente, os custos

associados a tratamentos de longo prazo.

Se o recorte for realizado apenas em acidentes de trânsito, esses custos aos cofres

públicos dão uma ideia do quanto se faz urgente encontrar boas alternativas no sentido

de agilizar tratamentos. Apenas com internações de pessoas em decorrência de sinistros

de trânsito, o País gastou R$ 171 milhões durante o ano de 2020, de acordo com a

Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet).

Além dos benefícios individuais, a hidroterapia pode ser implementada em centros de

reabilitação comunitários, promovendo a saúde pública em larga escala. Programas de

prevenção e promoção da saúde, que incluem sessões regulares de hidroterapia, podem

ser uma estratégia custo-efetiva para abordar questões crônicas, como doenças

cardiovasculares e musculoesqueléticas.

Mykelly Bento, fisioterapeuta do Sesc Ceará

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