Estudantes diagnosticadas com leucemia conseguem na Justiça direito de fazer Enem em hospital de SP

Blog do  Amaury Alencar
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As estudantes estão no Instituto de Tratamento do Câncer Infantil (ITACI), do Hospital das Clínicas de São Paulo, em isolamento após terem realizado transplante de medula óssea

As estudantes estão no Instituto de Tratamento do Câncer Infantil (ITACI), do Hospital das Clínicas de São Paulo, em isolamento após terem realizado transplante de medula óssea Crédito: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil


Duas estudantes diagnosticadas com leucemia conseguiram na Justiça de São Paulo o direito de realizar as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no hospital onde estão internadas em isolamento. 

De acordo com informações do portal G1, as estudantes Julia Silva e Gabriella Bonfim passaram por um transplante de medula óssea e estão internadas no Instituto de Tratamento do Câncer Infantil (Itaci), do Hospital das Clínicas de São Paulo.

As jovens estão acompanhadas apenas pelas mães e os quartos tem restrição de entrada de pessoas, ventilação e equipamentos, para evitar que agentes externos causem a rejeição das pacientes às medulas transplantadas.

Julia e Gabriella foram internadas depois de realizarem a inscrição no exame e buscaram a Ouvidoria do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep) para solicitar a aplicação das provas no hospital.

Porém, não receberam resposta em um período que garantisse a realização do exame e ingressaram com um mandado liminar de segurança, que foi acolhido pela 7ª Vara Cível Federal de São Paulo. 

A advogada que representa as estudantes, Sara Vilhena, relatou que o Inep entrou em contato com as famílias das estudantes. Durante a aplicação das provas, apenas a estudante e o fiscal do órgão ficarão nos quartos e os médicos poderão entrar caso haja alguma necessidade.

Ainda segundo o G1, o oncopediatra Vicente Odone, diretor médico do Itaci, afirmou que as jovens poderão ficar, em média, 28 dias em isolamento completo.

Duas horas antes da prova, as estudantes passarão por uma avaliação para saber se o quadro clínico permite a realização do exame pelo período mínimo de quatro horas de prova. Caso não estejam aptas, a aplicação das provas poderá ser adiada para as duas estudantes.


                                                  o Povo 

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