A Casa de Saberes Cego Aderaldo e o Museu da Cultura Cearense (MCC), do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, equipamentos da Rede Pública de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura do Ceará, geridos pelo Instituto Dragão do Mar, convidam o público para, nesta quinta-feira (30), às 19h, conferir a abertura da exposição “Retrato de Mestre”, na Casa de Saberes Cego Aderaldo em Quixadá, Ceará. Com curadoria do Mestre Júlio Santos, referência na arte da fotopintura, Valéria Laena e equipe do MCC, a mostra apresenta um acervo composto de imagens e objetos relacionados a uma fotografia que vai dos monóculos, das câmeras de instantâneo (popularmente conhecidas como lambe-lambes) e dos retratos pintados, práticas de registros mais artesanais que já foram comuns no Ceará, à aplicação de técnicas digitais. Gratuita, a mostra ficará em cartaz até fevereiro de 2024, com visitas de terça-feira e quarta-feira das 8h às 12h e 14h e 18h, quinta-feira a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 21h.
Seguindo as homenagens ao mestre cearense da fotopintura, Júlio Santos, serão exibidos vários objetos e imagens, com um recorte da coleção Retrato Popular do MCC, acervo exposto em março deste ano no Centro Dragão do Mar, em Fortaleza, e gerado ao longo das décadas acompanhando a mudança da fotografia analógica para o modo digital nas cidades de romaria cearense: Canindé e Juazeiro do Norte.
Além do acervo, “Câmera Viajante”, filme de Joe Pimentel, integra a exposição, apresentando as técnicas do popular “lambe lambe”, do monóculo e do “retrato pintado” nessas cidades em instantes finais e de transformação, destacando-se alguns protagonistas desta história da fotografia cearense.
Um dos propósitos deste trabalho em rede é dar centralidade à vida e narrativas de pessoas que ainda não relataram suas vivências sobre práticas e saberes que possam somar-se às histórias já escritas. Com o destaque em Fortaleza para a trajetória do Aúreo Studio – um marco para a trajetória do mestre -, o senhor Sitonho e seu João Eudes, a proposta de itinerância visa valorizar a reflexão sobre essas técnicas fotográficas, seus trabalhadores e o significado na vida das pessoas, além de estimular o público a experimentar antigas e novas formas de se fotografar.
Monólitos Post