Rayssa Leal conquistou o bicampeonato mundial da SLS (Street League Skateboard) Super Crown, a Liga Mundial de Skate Street, neste domingo (3), no Ginásio do Ibirapuera, na capital paulista. Ela ainda obteve nota 9 durante volta de 45 segundos, algo inédito no feminino.
A maranhense de Imperatriz, de 15 anos, já havia sido a campeã do SLS Super Crown 2022, no Rio de Janeiro.
Fadinha disputou o título mundial com outras cinco atletas na final feminina, mas manteve a liderança desde a primeira rodada da competição. Com a maior nota 31.9, Rayssa não precisou nem contar com última volta para ser consagrada campeã.
O segundo lugar ficou com a japonesa Momiji Nishiya (30.6), e o terceiro com a americana Paige Heyn (28.8).
A australiana Chloe Covell, que era cotada como a principal adversária de Rayssa, ficou em último no lugar na classificação geral, com 20.4 pontos.
“Só posso falar que sinto felicidade e gratidão por tudo que venho fazendo com o meu time. Todas as discussões que temos por causa de estratégia, tudo vale a pena,” disse Rayssa em entrevista ao Esporte Espetacular.
Ela ainda enfatizou o apoio da torcida brasileira para o seu resultado. “De manhã, no treino, estava desanimada, pois as manobras não estavam dando certo. A torcida me ajudou muito.”
Rayssa foi a única brasileira a chegar na final do mundial. As outras três brasileiras que estavam na competição, Pâmela Rosa, que foi campeã na etapa do Rio em 2019, Isabelly Ávila, que conquistou a vaga no SLS Select Series Saquarema 2023, e Marina Gabriela, que substituiu a japonesa Funa Nakayama, que está se recuperando de uma lesão, não atingiram a pontuação na semifinal que aconteceu no sábado (2) e ficaram fora da final.
MASCULINO
A disputa masculina acontece neste domingo (3) a partir das 14h30 e será transmitida pelo SporTV.
O atual campeão, o português Gustavo Ribeiro, se classificou na primeira das cinco baterias.
O brasileiro Giovanni Vianna garantiu presença na final deste domingo ao vencer a segunda bateria, superando entre outros o maior vencedor da história da SLS, Nyjah Huston (EUA).
O terceiro classificado foi o norte-americano Maurio McCoy. Nessa terceira bateria, um fato inédito: foi a primeira vez que um paratleta participou da disputa. O brasileiro Felipe Nunes, que sofreu um acidente aos 6 anos de idade e teve ambas as pernas amputadas na altura dos joelhos, ficou em terceiro lugar, à frente de três outros competidores na bateria.
Na quarta bateria quem passou foi o francês Vincent Milou.
O vencedor da quinta bateria foi o também brasileiro Felipe Gustavo.
O sexto classificado para a final foi o canadense Ryan Decenzo, que foi o melhor segundo colocado entre as cinco baterias da tarde deste sábado.
AS COMPETIÇÕES
O Super Crown é a última etapa da Street League Skateboarding, a mais importante liga de skate de rua do mundo. Criada em 2010, ela não contará pontos para a próxima Olimpíada, no ano que vem, em Paris.
O paratleta Felipe Nunes pôde participar da disputa no Ginásio do Ibirapuera porque o SLS Super Crown é um torneio disputado por atletas convidados.
Como classificatórios para Paris-2024, os campeonatos válidos são organizados pela World Skate: o Mundial e o ProTour.
A próxima etapa do Mundial de Street Skate que soma pontos para as Olimpíadas acontece de 10 a 17 deste mês, em Tóquio.
o Estado Ce