Ceará produz 44 toneladas de cacau e projeta expansão

Blog do  Amaury Alencar
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 Um dos mercados promissores está sendo prospectado pelo Ceará, o do cacau. Só em 2023, o estado produziu 44 toneladas do produto, em fase experimental. Animado, o mercado cearense projeta expansão para 2024.


Para Odílio Coimbra, assessor da Presidência da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), o Estado tem condições climáticas propícias para o cacau, além de áreas com possibilidade de compartilhar o uso da água com outras culturas, consorciadas, por exemplo, com o coco.
“Temos temperaturas muito favoráveis ao plantio do cacau, que é uma cultura de excelente rentabilidade. Creio que, em dois anos, o Ceará se tornará um grande polo de produção do cacau”, diz Odílio. Segundo o órgão, no ano passado, por exemplo, a produção de cacau irrigado totalizou 13 toneladas, enquanto o cacau de sequeiro somou 9 toneladas. Entre os municípios produtores no Ceará se destacaram Bela Cruz, Quixeré e Russas. A projeção é de que o cultivo do cacau gere até três empregos por hectare.

De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o país já foi o maior exportador de cacau e hoje ocupa a sétima posição na produção mundial. O declínio se deu por diversos motivos, como estiagens, redução de preços e avanço de uma doença conhecida como “vassoura-de-bruxa”. Segundo o Sebrae-CE, nas regiões produtoras, a cultura do cacau representa grande impacto social, econômico e cultural. De acordo com a Associação das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), o setor representa mais de 4.000 empregos diretos e indiretos e é um dos elos de uma cadeia de mais de 120 mil pessoas, incluindo produtores rurais e indústrias de chocolate. No total, é estimado que esse setor represente R$ 23 bilhões anuais de valor gerado ao país.

Dados da Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC) mostram que no Nordeste, a Bahia, por exemplo, foi responsável por 61,9% do volume total de amêndoas nacionais recebidas pela indústria processadora em 2023, totalizando 136 mil toneladas. “Nos últimos anos tivemos um crescimento constante da produção de amêndoas de cacau no Brasil, reflexo dos diversos investimentos que estão sendo realizados por diferentes atores da cadeia, com foco na melhoria da produtividade e nas novas áreas produtivas”, explica a presidente-executiva da AIPC, Anna Paula Losi.

De acordo com dados do Ministério da Agropecuária, os estados do Pará e da Bahia são os principais produtores de amêndoa de cacau do Brasil, responsáveis por, aproximadamente, 96% de toda a produção nacional. Uma pequena parcela é produzida por estados como o Espírito Santo, Rondônia, Amazonas e Mato Grosso, além de outros estados cuja produção está em fase inicial, como Roraima, Amapá, Ceará, Sergipe, Minas Gerais, São Paulo e Tocantins em recente expansão.
                                      o Estado Ce 

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