Empresários, moradores e outros usuários do trânsito se manifestaram nesta semana para reclamar sobre uma obra iniciada no início de abril na Av. Dr. Alberico Mendonça, e segundo, os denunciantes, de lá para cá ficou paralisada inviabilizando totalmente o acesso de moradores e pessoas que têm negócios, empresas ou residem nos bairros adjacentes.
A reclamação mais pontual dos empresários é que os clientes não conseguem chegar até as lojas para buscar produtos ou serviços. Usuários que residem em bairros como Cajueiro, Areias, Esplendor, Mirante Verde, João Paulo II, que trafegam pela avenida para ir ao trabalho e retornar, também reclamam a obra iniciada e paralisada.
A reportagem esteve no local e pôde constatar que de fato existe uma obra paralisada no meio da avenida de acesso ao Detran, onde foi escavado um buraco e colocadas manilhas de concreto, mas devido ao volume de água que jorrou do local, quando a escavação estava sendo feita, o local se tornou impróprio para o tráfego de veículos, motos, pedestres, ciclistas. A água que acumulou num enorme buraco aberto seria drenada por um canal provisório construído por debaixo da avenida, mas nada foi feito e os serviços estão paralisados.
Empresários do setor da construção civil que têm lojas de material de construção ao longo da Av. Alberico Mendonça alegam que estão amargando enormes prejuízos, porque não conseguem atender os clientes. A avenida é o único acesso direto para quem saí da Av. Perimetral para a avenida do Detran. Não só os empresários de material de construção, mas do setor de postos de combustíveis, supermercados, oficinas, pequenas fábricas e outros estabelecimentos comerciais da área alegam que estão sendo seriamente afetados com a interdição.
A reportagem apurou que a escavação foi feita para drenagem de volume de água da chuva que estava acumulado no bairro Cajueiro. Isso, segundo uma fonte, seria uma situação de emergência, mas já vão vários dias e a avenida está interditada, sem a menor condição de tráfego.
As clínicas que realizam atendimento das pessoas que vão em busca de fazer exames para receber 2ª via da CNH ou realizar procedimento no Detran também estão reclamando, porque atendem usuários não só de Iguatu, mas principalmente de outros municípios.
Prefeitura
A reportagem procurou a Prefeitura para se posicionar sobre as reclamações dos usuários, empresários e a paralisação dos serviços. O engenheiro civil Francisco das Chagas Paiva, através de nota, fez considerações técnicas sobre os serviços.
Segundo ele, as avenidas Alberico Mendonça e João Paulino têm cota superior às ruas transversais, e seus elementos de drenagem, tipo bueiros, sempre foram problemas para o escoamento correto das águas pluviais, pela execução de bueiros em localização, dimensão e cotas não apropriadas funcionando como barreiras principalmente o localizado próximo à empresa Fernando Construções, e devido ao avanço da construção de ruas e edificações do entorno as dificuldades foram aumentando nos últimos anos. Na Semana Santa desse ano aconteceram alagamentos no Bairro Cajueiro, próximo à escola Pequeno Príncipe, como solução urgente e solicitada pelo morados do bairro foi feita a escavação para confecção do bueiro no local correto e já projetado que escoará a água para o canal principal entre as avenidas João Paulino e Alberico Mendonça, sendo esse bueiro um componente do projeto de drenagem completo que está em execução no bairro, projeto esse do PROINFI, Programa de Infraestrutura de Iguatu, que contempla todo um sistema de drenagem no bairro, que ao seu final resolverá o problema de alagamento nesses bairros, integrando bocas de lobo a canais de microdrenagem subterrâneos em várias a canais a céu aberto e ao novo canal principal e cotas e dimensões apropriadas. Foi feita a escavação do canal na avenida para escoamento da água e logo após empresa contratada Consórcio Mobilidade Iguatu iniciou a obra do bueiro triplo no local, utilizando inclusive bombas todos os dias para conseguir trabalhar, porém com o aumento do volume de chuvas ficou impossível a conclusão do referido bueiro, já que a região encontra-se com o solo completamente saturado pela água presente no terreno, sendo necessário pelo menos 15 dias de estiagem para que seja possível a continuação do bueiro, já que hoje no local não é possível muito menos seguro para máquinas e operários trabalharem. Logo que for verificada a estabilidade do terreno será retomado e concluído o referido bueiro e demais itens do projeto de drenagem dos bairros cajueiro, alvorada, areias I e II.
Solução
O engenheiro frisou ainda que “Entendo o transtorno para os empresários, porém precisamos entender que foi necessário para resolver o problema de aproximadamente 100 casas do entorno que estavam com águas em sua porta, e ao final da execução do projeto de drenagem em execução não só o problema dessa rua será resolvido, mas sim do bairro inteiro”, ressaltou.
Jornal a Praça