O pintor polonês Maciej Antoni Babinski completa 93 anos, neste sábado, 20. O gravador, ilustrador, pintor, desenhista e professor, nasceu em Varsóvia, Polônia, em 1931.
Com a esposa, Lídia Babinski, ao qual conheceu em Brasília, ele reside em Várzea Alegre, no sítio Exu, distrito de Canindezinho, desde o início dos anos 1990, após chegar ao Brasil nos anos 50 e ter feito moradia nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
A vinda para Várzea Alegre se deu em razão dos familiares da companheira que moram neste município. Ele ficou encantado com o afeto da família ao recebê-los. De início, ele pretendia fazer morada na cidade de Crato.
Em entrevista ao El País, em 2019, Babinski disse que Várzea Alegre lhe deu uma nova noção do tempo. Disse que a única maneira de não perder essa noção do tempo é tentar estudar a história.
“Eu tenho isso de graça, porque vivi o tempo passado. Quanto mais velho você fica, mais lembra do que aconteceu lá atrás. Tudo isso eu tô podendo desfrutar hoje de maneira consciente”, disse ao jornal.
Conforme o El País, Maciej nasceu entre as duas grandes guerras mundiais e precisou fugir da segunda delas na primeira década de vida, quando seu país foi invadido pela Alemanha.
Ainda de acordo com a publicação, Babinski passou parte da infância e a adolescência na Inglaterra e no Canadá, para onde seus pais migraram com a família. Foi um tio que passou alguns meses detido em um campo de concentração nazista que lhe desvelou o mundo da arte e aos 8 anos de idade experimentou a aquarela.
No Canadá, estudou pintura ao ar livre e gravura. Em Montreal, integrou o grupo de vanguarda Les Automatistes (Os Automatistas).
Em sua casa no Canindezinho, Babinski construiu uma galeria e um ateliê sempre abertos à visitação.
Foto: Hélio Filho\Diário do Nordeste