Iguatu : Carlos Diego e suas expressões através do grafite

Blog do  Amaury Alencar
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O trabalho com a utilização de latinhas de spray para o desenvolvimento de painéis ou outros tipos arte com o grafite começou há cerca de 10 anos por Carlos Diego, segundo ele, por curiosidade. Na peça desenvolvida, a inspiração vem do momento onde está, o que está vivenciando. “Eu gosto de retratar o que eu vejo, o que vivo”, ressaltou o artista.

As técnicas, disse que aprendeu pintado mesmo na rua. “A gente vai ver alguém fazendo e vai aprendendo. Mas, eu desenvolvi uma técnica própria, misturando as técnicas e fazendo meu próprio estilo, que é o maior interesse. Os estilos do grafite se difundem entre letras e personagens, que são a base inicial. Geralmente para iniciar, se quer seguir no ramo, vai nesse caminho. Depois vai evoluindo, porque há uma gama muito grande de estilos”, explicou, acrescentando que o preconceito contra esse tipo de trabalho ainda existe, principalmente, quando há uma associação entre a arte e marginalização.

Em relação à distinção entre grafite e pichação, Diego ressalta que no Brasil há essa distinção. “Essa distinção do grafite e da pichação só existe aqui no Brasil, porque fora tudo é grafite. No Brasil, quem tem a questão da cultura forte da pichação é São Paulo, é referência mundial. É uma linguagem que é de pichador para pichador. O preconceito hoje em dia é bem mais maleável. Hoje em dia o grafite está mais bem difundido”.

Dá para ganhar renda com o grafite. “É pouco, pelo menos dá para todo mundo ganhar. Mas, o retorno financeiro ainda é bem aquém do trabalho da gente. A gente vai tentando fazer de uma forma melhor que dê certo para todo mundo. O valor cobrado também depende do tipo de trabalho a ser executado. Depende do tamanho do painel e da técnica que a gente vai usar”, ressaltou, que entre os clientes estão academias, box de crossfit. Além do grafite, Diego também trabalha com o desenho de retrato, o próprio desenho e a arte digital.

Inspiração

O artista também se mostra feliz pelo trabalho que executa. “Eu me sinto feliz. Eu sou isso. Eu já tentei fazer outra coisa e não consegui. Só sei fazer o que faço mesmo, que é pintar”, disse, acrescentando que não costuma se apagar aos trabalhos que faz. “Eu geralmente não tenho esse apego. Eu deixo para as pessoas mesmo, porque geralmente quem pinta na rua não tem esse apego. A gente é desprendido porque sabe que depois vai vir alguém e pintar por cima. A minha cultura de pintar na rua me faz desprender. O momento do gostar é quando estou executando aquele trabalho. Eu gosto de pintar. O prazer é de fazer na hora. A inspiração, geralmente, é o cotidiano. Sou uma pessoa que observa muito o cotidiano. O documentário a que assisto. Uma conversa, tudo serve de inspiração”, disse.

Para conhecer mais sobre os trabalhos de Carlos Diego, basta acompanhar o Instagram @V4zio.

                                           Jornal a Praça 

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