Segurança: Roberto Sá afirma que diminuir homicídios no Ceará é prioridade da pasta

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Roberto Sá, titular da SSPDS, esteve na reunião de Elmano com secretariado

Roberto Sá, titular da SSPDS, esteve na reunião de Elmano com secretariado Crédito: FÁBIO LIMA


O novo secretário da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará, Roberto Sá, participou de entrevista coletiva na manhã deste sábado, 8, na residência do governador do Estado, Elmano de Freitas, instantes antes de reunião do chefe do executivo do Estado com seu secretariado. Sá assumiu a segurança do Ceará na última segunda, 3.

Durante a coletiva, Sá, que é delegado aposentado da Polícia Federal e já foi secretário da Segurança Pública do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, afirmou que a prioridade da pasta é diminuir o número de crimes violentos letais e intencionais (CVLI), que registraram alta nos primeiros meses do ano no Ceará.

Em fevereiro, o Ceará registrou 257 homicídios; em março, o número subiu para 278. Em abril houve novo crescimento, com 320 assassinatos no Estado. Os números são superiores aos registrados nos mesmos meses nos últimos três anos.

Somente no primeiro trimestre de 2024, o Ceará registrou uma taxa de 37,25 assassinatos por cem mil habitantes, sendo a segunda maior taxa do País.

Para tentar diminuir esses índices, o secretário pretende dar mais visibilidade a Polícia Ostensiva, colocando mais policiamento nas ruas, exatamente onde a população está.

“Nesse sentido, devemos ter uma análise criminal, com mapa termal, pra eu saber onde exatamente aportar os recursos específicos para aquela região. Paralelamente a isso, a Polícia Judiciária tem tido orientação, de identificar a obtenção dos mandatos de apreensão, prisão, busca e captura de criminosos com crimes violentos letais e intencionais,” disse o secretário.


Sá também frisou o fato da integração entre várias secretarias do Estado, para que haja uma diminuição na criminalidade.

Sobre eventuais mudanças nos comandos das forças de segurança do Estado, o titular da segurança disse que as equipes estão sendo avaliadas permanentemente, inclusive ele próprio. “Essa observação é contínua nesse primeiro momento mais aguçado. E, se houver necessidade, essas mudanças acontecerão. Nesse momento, nossa preocupação é colocar policial para patrulhar as ruas”, declarou.

Para ajudar nesse patrulhamento, o Governo do Estado deverá contar com o apoio de mais 1185 agentes, que estão em processo de formação para ingressar na polícia. “Nossa expectativa é que o quanto antes eles possam estar nas ruas nos ajudando a aumentar o patrulhamento das ruas”, disse Sá.

Sá também reforçou a integração entre secretarias de segurança de outros estados para combater o avanço de facções criminosas. Segundo ele, o Ceará conta com uma boa estrutura de inteligência, além de uma atuação próxima a outras secretarias de segurança, Polícia Federal e outros setores ligados à segurança.

Para ele, o seu papel será aumentar ainda mais esse trabalho.

 Sobre o programa “Ceará Pacífico”, criado durante o governo de Camilo Santana (PT), e que perdeu força nos últimos anos, sobretudo em 2020, com a chegada da pandemia do covid-19, Roberto Sá disse que vai avaliar o programa. Ele, porém, não se comprometeu com a continuidade do projeto, embora tenha garantido que não haverá retrocessos

                                                      O Povo 

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