EM IGUATU , Seu Expedito, o pipoqueiro

Blog do  Amaury Alencar
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Natural da região do Cariri, da cidade do Crato, Expedito Rodrigues da Silva, 66, Seu Expedito, pipoqueiro, tio, entre outros tantos nomes que é chamado, é uma figura presente todas as noites no Sesc, também na frente algumas escolas e outros espaços públicos. Ele não lembra bem o ano que chegou a Iguatu, mas veio por conta da esposa, desde então por aqui fixou moradia.

“Eu conheci Iguatu por passagem. Minha esposa nasceu no Cariri e se criou aqui, então no momento que ela foi terminar faculdade lá, nós nos casamos. Eu trabalhava no ramo da construção civil, em uma construtora. Depois fui embora para Juazeiro da Bahia, depois de algum tempo viemos para Iguatu. Aqui continuei no mesmo serviço de ajudante de pedreiro. Eu também já trabalhava de pipoqueiro, mas não tinha carrinho, por isso fui ajudar meu primo, passando os tempos, consegui um carrinho, continuei na construção, e voltei também para a pipoca e continuo até hoje. Graças a Deus, o que nós temos hoje, foi com esses trabalhos, que sustentei minha família. Meus três filhos e minha esposa. Vamos vivendo, graças a Deus”, conta seu Expedito.

Aqui trabalhando com respeito, fez e faz muitas amizades. “Eu costumava vender pro lado do Bugi, tinha dois irmãos, um menino e uma menina sempre que passava eles chamavam seu Zé, com isso pegou o apelido. Eles foram crescendo nessa amizade, depois foram embora estudar em Fortaleza, eles são filhos de um médico, não recordo o nome. E uma vez, passando pela rua a mãe deles me avistou e por coincidência eles estavam aqui. Recebi um abraço muito bom. E assim, vou levando a vida. Trabalhando com respeito e carinho por todo mundo”, conta.


Trabalho e família

E o gosto da pipoca feita no carrinho é bem diferente da que as pessoas costumam fazer em casa. “O pessoal pergunta se tem algum segredo. Pede para ensinar. Eu falo que simplesmente é feita com amor, a panela original e o fogo é alta pressão, a diferença é essa de fazer em casa, porque primeiro tem que esperar o óleo esquentar. Muitos só querem se for de seu Zé, como alguns me chamam. A importância na vida é isso, o valor que a gente tem. Eu gosto de trabalhar. Deixei o ramo da construção mais a pedido da família. Mas continuo na pipoca, até Deus permitir. Trabalho para meus filhos e minha esposa. Minha família. Aqui temos dois carrinhos, o meu e o da minha esposa, mas a gente diz que é nosso. Se for preciso ir ajudar, as meninas vão. Todos se ajudam aqui em casa. Não é meu, é nosso”, ressaltou seu Expedito, uma figura bastante querida pelas pessoas.

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