Fortaleza : Ex-empresário do forró Emanoel Gurgel é investigado por suspeita de importunação sexual em elevador

Blog do  Amaury Alencar
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O ex-empresário e fundador de bandas de forró, Emanoel Gurgel,  71, é investigado pela Polícia Civil do Ceará (PCCE) por crime sexual. A reportagem do Diário do Nordeste teve acesso ao vídeo do momento no qual o homem supostamente comete importunação sexual contra uma idosa, de 67 anos, em um elevador de edifício residencial, em Fortaleza.

Em nota, enviada pela assessoria de comunicação e jurídica, Emanoel Gurgel "afirma que recebeu com surpresa a notícia. Ele esclarece que tentou apenas alertar a senhora sobre os riscos do tabagismo, citando que seu próprio pai faleceu devido a isso. Não houve qualquer tipo de postura indevida".

 Ele reafirmou "seu compromisso com o respeito e a dignidade de todas as pessoas, e está cooperando integralmente com as autoridades para esclarecer os fatos".


Destacou ainda ser "inocente e que a verdade prevalecerá". 

O fato se deu no último dia 19 de junho, às 5h25. A mulher, Maria Palmira Saraiva, conta que já estava no elevador, quando o empresário entra e começa a conversar com ela. Em instantes, o empresário pega nas mãos dela e em seguida apalpa o seio, relatou.

O caso foi noticiado à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Fortaleza, onde está em andamento inquérito para apurar as circunstâncias do crime. A PCCE informou que o "caso segue sob apuração na DDM Fortaleza, unidade da PCCE que realiza diligências. Oitivas estão em andamento".

Nasareno Saraiva, advogado da acusação, disse ao Diário do Nordeste que irá requerer junto à Polícia a prisão do empresário.

"ESTOU COM NOJO DE MIM MESMA"

A reportagem procurou Maria Palmira, que concedeu entrevista. Ela conta que conhecia Emanoel Gurgel "de vista" e que no dia do caso estava há 24 horas sem dormir, cuidando de uma parente.

Palmira disse ter ficado "atordoada, sem reação para revidar", mas que quando se percebeu vítima, buscou no mesmo dia denunciar o caso na DDM.

Maria Palmira

Ela disse ter sido esta a primeira vez em que foi vítima de assédio: "no momento que ele me tocou, fiquei sem ação. Eu me acho uma mulher corajosa e hoje fico me castigando, porque eu não tive reação. Ele tentou desconversar. Estou com nojo de mim mesma, me sinto covarde".

Maria fala que decidiu levar o caso às autoridades porque pensou nas netas: "denunciei por todas as mulheres, por todas que algum dia já foram molestadas e para evitar que outras sejam. Eu acordo assustada todas as noites relembrando a cena".

Diário do Nordeste

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