Indústria de construção civil do Ceará é a 2ª do Nordeste

Blog do  Amaury Alencar
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O ano de 2024 tem sido favorável para o mercado de materiais de construção, com um desempenho positivo mesmo diante de algumas flutuações. A expectativa é de que essa tendência se transforme em um crescimento sólido ao longo do ano. No Ceará, essa projeção é ainda mais otimista devido à expansão contínua da construção civil e do mercado imobiliário local.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados em maio deste ano na Pesquisa Anual da Indústria da Construção (Paic) 2022, indicam que a indústria da construção civil do Ceará agora ocupa a segunda posição em importância entre os estados do Nordeste, superando Pernambuco, por exemplo. A pesquisa revelou ainda que o setor gerou R$11,5 bilhões em valor de incorporações, obras e serviços no estado, com 1.616 empresas atuando no Ceará e empregando diretamente 61,6 mil pessoas. Esses trabalhadores receberam R$ 1,8 bilhão em salários e outras remunerações.


Além disso, o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado nessa quarta-feira (10/07), pelo IBGE, apresentou variação de 0,08% em junho no Ceará, uma redução de 0,03 ponto percentual (p.p.) em relação a maio (0,11%). Com isso, o Ceará tem o sétimo menor índice do mês entre as Unidades da Federação, empatado com o Amazonas. Com isso, nos últimos 12 meses, o aumento é de 2,00%, abaixo dos 3,38% registrados nos doze meses imediatamente anteriores. 

O acumulado no ano registrou 2,08%. Em junho do ano passado, o índice mensal foi de 1,43%. De acordo com o IBGE, as estatísticas do Sinapi são fundamentais na programação de investimentos, sobretudo para o setor público. Os preços e custos auxiliam na elaboração, análise e avaliação de orçamentos, enquanto os índices possibilitam a atualização dos valores das despesas nos contratos e orçamentos.

 O custo da construção, por metro quadrado, que em maio fechou em R$ 1.613,50, passou em junho para R$ 1.614,80, sendo R$ 998,59 relativos aos materiais e R$ 616,21 à mão de obra. Com isso, o Ceará é o estado com o 5º menor custo da construção em junho de 2024. Para o economista Ricardo Coimbra, alguns fatores devem ser destacados. “O segmento imobiliário cearense vem tendo bom crescimento ao longo do ano. Alguns fatores são interessantes. A perspectiva de avanço está relacionada à melhoria do crédito, com a redução dos juros, mas também de programas como o novo Minha Casa, Minha Vida, o Moradia Ceará, com subsídio a R$ 20 mil. Tudo isso são fatores que podem influenciar, sem contar no lançamento de novas unidades que vem gerando leque maior de oportunidades de acesso e de foco naquilo que os consumidores desejam nesse momento”, disse.


Desempenho
O mercado imobiliário cearense também registrou um desempenho recorde no primeiro trimestre de 2024, com um aumento de 51,68% no número de unidades habitacionais vendidas, totalizando 3.792 unidades entre janeiro e março, segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE). Esse foi o melhor resultado em nove anos.


Victor Maia, sócio-diretor da Comercial Maia, destacou a importância do comércio de materiais de construção para os setores da construção civil e imobiliário. “Depois do boom no mercado de materiais de construção em 2020, durante a pandemia de Covid-19, enfrentamos uma queda nas vendas. Contudo, a recuperação dos mercados de construção civil e imobiliário tem refletido positivamente nas vendas de materiais de construção, promovendo a geração de empregos e retornos financeiros para os negócios, seja em novas construções ou reformas,” explicou.

 A empresa registrou um aumento de 20% no faturamento no primeiro semestre de 2024.Este cenário indica um futuro promissor para o setor de materiais de construção no Ceará, com um impacto positivo não apenas na economia local, mas também na criação de empregos e no fortalecimento da indústria da construção civil.

                                       o Estado Ce 

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