“Do espaço antigo eu trago apenas as boas lembranças. Porque éramos como uma família, todos unidos, mas de estrutura tinha muito a melhorar”. A memória é de Maria Ferreira Rodrigues, ou dona Maria, como é conhecida por todos os frequentadores do atual mercado provisório e, agora, novamente permissionária de um box no novo Mercado Municipal Antônio Cauípe, inaugurado nesta sexta-feira (5) em São Gonçalo do Amarante. “Aqui eu criei meus filhos. Gostavam tanto que também viraram comerciantes”, conta dona Maria, que, dos seus 72 anos, dedica 38 ao trabalho no mercado.
Representando o governador Elmano de Freitas, o assessor especial para Assuntos Municipais, Artur Bruno, ressaltou a importância econômica que um mercado como o de São Gonçalo representa. “Primeiro, fortalece o pequeno comerciante e empreendedor. Segundo, com os programas do Governo como o cartão Ceará sem Fome, os comerciantes vão ter mais clientes. Aqui em São Gonçalo são mais de 100 famílias que recebem o Cartão Mais Infância, são mais de 1.600 que recebem o Vale Gás e mais de 400 famílias têm o cartão Ceará Sem Fome”, anunciou Artur Bruno.
O novo mercado construído a partir de convênio entre Governo do Ceará e Prefeitura de São Gonçalo do Amarante conta com 69 boxes, banheiros, praça de alimentação e acessibilidade.
O prefeito Professor Marcelão agradeceu ao Governo do Ceará pelo convênio que tornou realidade o que antes era sonho. “Sugeriram que a gente aproveitasse as paredes e até ferros velhos, mas eu disse que embora demorasse mais, não faria isso. Tivemos que mudar o projeto, mas hoje estamos entregando o mercado todo novo”, relatou. “E não posso ser injusto e não assinar também a ordem de serviço para o mercado do Croatá. Vamos fazer do zero”, anunciou o gestor.
Primeiro elevador
Magnólia Marques, secretária da Casa do Empreendedor, aponta que o novo mercado é equipado com estrutura moderna e acessibilidade. “Inclusive, o primeiro elevador instalado na cidade de São Gonçalo está aqui. Foi tudo pensado para atender a todos os públicos. Desde os comerciantes até ao cadeirante que venha comprar ou consumir, porque também tem praça de alimentação”, conta.
Trabalhando a menos tempo que dona Maria, mas com a mesma dedicação e empolgação para ocupar o novo espaço, Maria Darliane vende lanche no espaço provisório e já se vê atuando no seu boxe instalado dentro do Mercado. “(O mercado antigo) era destruído. Quando chovia caia água e, na verdade, estava para cair tudo em cima da gente. Graças a Deus colocaram a gente aqui. Está bom, mas vai ficar melhor ainda quando a gente estiver no novo mercado”, comemora Darliane, comerciante há sete anos.
