Cascavel (PR) disponibiliza local para velório coletivo de vítimas do acidente aéreo

Blog do  Amaury Alencar
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Foto: Divulgação

Parte das 62 vítimas morava em Cascavel e em municípios próximos, como Marechal Cândido Rondon e Santa Tereza do Oeste

A Prefeitura de Cascavel (PR) disponibilizou o centro de convenções e eventos da cidade para o velório coletivo de parte das vítimas do acidente com a aeronave Voepass, em Vinhedo (SP). A definição, porém, ainda depende do reconhecimento dos corpos e da decisão das famílias.

Parte das 62 vítimas morava em Cascavel e em municípios próximos, como Marechal Cândido Rondon e Santa Tereza do Oeste. Em São Paulo, o prefeito Leonardo Paranhos (Podemos) disse que 24 mortos eram da região.

Ocupado até o fim da tarde desse domingo (11) pela festa do morango, o centro de eventos será preparado para a cerimônia a partir desta segunda-feira (12). “Vou deixar tudo preparado para fazer o velório coletivo, mas começamos agora o contato com as famílias para saber se elas querem ou não”, afirmou o gestor de Cascavel.

O transporte dos corpos será feito pela Voepass, após acordo firmado entre as Defensorias Públicas e os Ministérios Públicos de São Paulo e do Paraná no sábado (10). A empresa será responsável por entrar em contato com os familiares para obter as informações de liberação e entrega dos corpos. Não haverá necessidade da presença de um parente em São Paulo para fazer os trâmites, conforme padrão de atendimento do Instituto Médico Legal (IML) paulista, que tinha a previsão de começar a liberar os corpos ainda ontem.

Todos os corpos foram retirados dos destroços e passam agora pelo processo de identificação. Até o fechamento desta edição, segundo a Agência Brasil, 12 corpos foram identificados, incluindo os do piloto, Danilo Santos Romano, e do copiloto, Humberto de Campos Alencar e Silva. E apenas um liberado aos familiares para os trâmites legais.

Outras 30 vítimas estavam em processo encaminhado de reconhecimento. As informações sobre elas já foram catalogadas pela polícia científica, que cruza os dados com aqueles repassados por familiares (sobre características físicas, tatuagens e marcas de cirurgia) para confirmar as identidades.

Caixas-pretas
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) anunciou nesse domingo que extraiu 100% dos dados das caixas-pretas da aeronave. “Toda a gravação das duas caixas, de voz e de dados, foram codificadas com sucesso”, afirmou o brigadeiro Marcelo Moreno, chefe do Cenipa, órgão da Força Aérea Brasileira (FAB).

Com os primeiros dados sobre o acidente, o chefe do Cenipa confirmou que não houve comunicação entre o comandante da aeronave e a torre de controle. Essa informação já vinha sendo emitida pelas autoridades. As investigações tentarão, agora, entender se isso se deu por falha técnica no sistema de comunicação do avião.

A Agência Francesa BEA (equivalente ao Cenipa), chegou ao local pela manhã de ontem para integrar a investigação. A aeronave ATR 72-500 é de fabricação francesa. O órgão brasileiro aguarda ainda a chegada da agência canadense TSB, que deve apurar se no momento da queda os dois motores da aeronave tinham potência. O equipamento é canadense.

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