O prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa (União Brasil), escolheu o ex-secretário de Gestão, Orçamento e Finanças, Gerson Cecchini (PT), como candidato a vice-prefeito na campanha de reeleição. As candidaturas foram oficializadas em convenção na manhã deste domingo, 4.
Pessoa concorrerá com apoio de ampla aliança, que inclui partidos de esquerda e de direita. “O povo reconhece o trabalho do político que faz, que tem espírito político. Essa aqui é a apoteose. Eu tenho muita idade, já fui a muitos eventos, mas igual a esse, não”, externou o prefeito, acrescentando que, se eleito para o quarto mandato, focará na “ação social”.
No palanque, estavam o deputado Júlio César Filho, o Julinho (PT), que brigou para se lançar candidato, além de seu pai, que é ex-adversário de Pessoa, o vereador Júlio César (PSD). O deputado federal José Airton Cirilo (PT) e o ex-senador Inácio Arruda (PCdoB) também marcaram presença, além da vice-governadora, Jade Romero (MDB).
Do espectro da direita, estavam o deputado federal Danilo Forte e o ex-governador Lúcio Alcântara, ambos do União Brasil. Já o correligionário Capitão Wagner (União Brasil) não participou do evento. Ele foi secretário municipal da Saúde nesse mandato de Roberto Pessoa.
Outro ausente foi o deputado estadual Firmo Camurça (União Brasil), ex-prefeito de Maracanaú e, também, ex-vice-prefeito nas primeiras gestões de Pessoa. O prefeito, inclusive, disse que se incomodou com a ausência do “grande amigo” Firmo Camurça, mas ponderou que a “fila anda”.
Na noite do sábado, 3, Roberto Pessoa anunciou nas redes sociais que as opções para vice tinham se afunilado entre Gerson e Camurça, e que a decisão seria tomada na convenção partidária.
Ao O POVO, após o evento, Pessoa comentou: “Um companheiro de 20 anos não vir? Fiquei insatisfeito, mas isso é uma insatisfação momentânea”. Questionado sobre não manter o atual vice-prefeito Neton Lacerda, ele respondeu: “O atual vice é ligado ao Firmo, né?”. Depois reforçou que “a fila anda”.
Em coletiva de imprensa, o candidato a vice Gerson contou que trabalha com Pessoa há 26 anos. “Sempre ao lado dele e, neste momento, era um sonho meu. Além de ser técnico da parte mais burocrática da Prefeitura, mas era um sonho que eu fizesse parte de uma chapa para que a gente possa fazer ainda mais por Maracanaú”, contou.
Questionado se a formação de chapa atenderia de alguma forma a ausência da postulação petista, que tinha o deputado Julinho disponível, ele elencou outros fatores como determinantes para a escolha de seu nome.
“O prefeito me designou para fazer [a campanha do] o segundo turno do Lula aqui em Maracanaú e, neste momento, eu me aproximei ainda mais do PT. Tivemos uma relação muito boa esses dois anos com o governo Elmano e foi aí que, por esse trabalho que eu tenho também político em Maracanaú, sempre junto com o PT, os deputados Zé Airton e José Guimarães nos convidaram para vir ao PT e exatamente para estar neste momento sendo escolhido vice-prefeito”, afirmou Gerson
No discurso, o deputado federal José Airton contou que a “consagração da vice” petista aconteceu em diálogo com o ministro da Educação, Camilo Santana, sob “as bênçãos” do presidente Lula, além dos colegas de Câmara dos Deputados, José Guimarães, Luizianne Lins, todos do PT, e Fernanda Pessoa (União Brasil).
Em seguida, o parlamentar destinou “respeito” à postura de Julinho ao ser impedido de tentar pleitear candidatura e acabar apoiando Pessoa. “Quero dedicar homenagem, Julinho, a você, seu pai e sua mãe, por compreender este momento de Maracanaú”, colocou Airton.
O deputado estadual, por sua vez, reforçou, em entrevista coletiva, que a convenção era marcada pela “uma união em prol de Maracanaú”. “Neste palanque, nós temos vários ex-prefeitos e toda a história do município. Todos unidos deixando algumas diferenças do passado para trás e, agora, vamos nos dedicar naquilo que nos converge, que é o bem-estar da população maracanauense”.
Zé Airton também destacou a “união de forças políticas que Roberto Pessoa tem”. “Antes de mim, esteve aqui o nosso ex-governador Lúcio Alcântara, com quem eu tive embate político na minha campanha para governador em 2002, naquela campanha ‘Lula lá e Zé Airton Cá’, e hoje nós estamos no mesmo palanque para construir um Maracanaú cada vez maior”.