Alunos do curso de Economia da Urca mostram viabilidade para instalação do Porto Seco em Iguatu

Blog do  Amaury Alencar
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 o auditório do campus Humberto Teixeira recebeu um importante evento realizado pela Empresa Júnior do Curso de Economia da Urca, EJICEC, responsável pela elaboração do Estudo de Viabilidade do Porto Seco. Os próprios alunos se engajaram no projeto e fizeram a apresentação.

O evento contou com a participação de estudantes, representantes de entidades de classes, empresários, instituições financeiras, além de cinco dos seis candidatos a prefeito de Iguatu. (Augusto Correia, Sá Vilarouca, Roberto Filho, Ilo Neto e Capitão Hélder, apenas Rafael Gadelha não pôde comparecer ao evento). Os candidatos assinaram um Termo de Compromisso, caso seja eleito, para doar uma área para a instalação do equipamento.

Durante o encontro, a professora Jaquelini de Souza relembrou o início da luta em uma audiência pública na Unific, depois outro encontro na FASC – Faculdade São Francisco do Ceará, além de mobilização na imprensa e sociedade de forma geral para juntos encampar essa luta.

“Recebemos os critérios técnicos dia 18 de abril e tínhamos que entregar o projeto pronto dia 10 de junho. Então um projeto de 44 páginas e toda a análise econômica, de viabilidade econômica, além da análise técnica que foi feita de forma voluntária pelo engenheiro Marcos Ageu. Realmente foi trabalho difícil, mas a gente se sente muito gratificado. Fiquei muito orgulhosa dos nossos estudantes”, afirmou a professora.

Jaquelini ressaltou que “A luta é pelo desenvolvimento regional da Região Centro-Sul. Portanto, vamos deixar as informações em público porque é muito difícil você ter dados de um município pequeno em um só ponto. Foi o que esses alunos fizeram. Juntaram tudo isso e queremos disponibilizar para sociedade civil, ajudar os empresários a melhor fazer seus planejamentos estratégicos, expandir seus negócios”. Ele afirmou ainda que não existe uma ‘briga’ entre municípios. “Não existe uma disputa Iguatu, Quixadá, Quixeramobim, Missão Velha. Havendo disponibilidade, se a empresa quiser e puder, eles podem fazer terminais em todas as cidades. Até porque as demandas são diferentes. Não estamos disputando com ninguém, estamos lutando por Iguatu e pela Região Centro-Sul. Não existe desenvolvimento econômico sem um tripé: Educação, representado pela Urca; Estado (entes federativos, estadual e municipal) e claro a iniciativa privada. Quando esses três estão alinhados para o desenvolvimento, a coisa acontece”, pontou.

Voluntário e gratificante

Ana Lícia Luz, acadêmica do curso de Economia, destacou o trabalho que tiveram para elaborar e apresentar esse projeto. “Foram vinte dias muito corridos tanto momentos presenciais e via Meet. Nos esforçamos bastante para entregar nosso melhor. Fizemos tudo isso de forma voluntária e também para conhecimento próprio. Com certeza serviu de experiência profissional para todos nós da equipe técnica e alunos do curso de Economia que participaram desse momento. Foi grandioso para nós”, destacou. “Cada um ajudou no que podia. Fontes confiáveis, grandes bases de dados e juntando, como foi dito, não existe um documento que junte tudo. Nós fizemos isso, fomos buscar em vários bancos de dados. Foi gratificante. Iguatu está preparado para ter um Porto Seco, não só Iguatu, mas toda Região Centro-Sul. A própria Sudene (Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste) apontou Iguatu, o melhor lugar pra receber esse Porto Seco”, pontou.

Viabilidade

Segundo a EJICEC, Iguatu tem a viabilidade de receber o terminal de cargas que vai ajudar a desenvolver a região. O encontro também contou a participação do representante do Governo do Estado, Marcelo Santos, da Secretaria de Desenvolvimento Regional, que destacou a importância desse projeto apresentado pelos estudantes. “Essa apresentação foi espetacular, primeiro pela magnitude do assunto. O estado do Ceará tem investido em logística, desenvolvimento e sustentabilidade. Todos conhecemos a magnitude do Porto do Pecém, do próprio aeroporto, do Hub Aéreo. Já era hora de haver uma interiorização dos cuidados com a logística chegar também ao interior do estado. E iniciativas como essas vão ajudar a descentralizar a riqueza do estado e crescer de uma forma sustentável. Saio daqui muito satisfeito como cidadão cearense pela boa perspectiva de futuro”, disse.

O assistente técnico do Porto do Pecém, João Pedro Lobo, falou também sobre o momento. “Vejo uma oportunidade muito importante para o município de Iguatu. É um projeto muito relevante. São muitos milhões de cargas que serão transportados pela Transnordestina. Uma ferrovia de modelo europeu, a movimentação de carga no Ceará tende a aumentar bastante. Acredito que seja importante esses centros, esses hub logísticos que costumam facilitar transporte de mercadoria. 

A própria ferrovia justamente para isso que serve: trazer o rodoviário e o ferroviário e juntar em um único local e com isso fazer essa movimentação de uma forma mais rápida para o porto do Pecém. Pelo que foi apresentado, a região de Iguatu é uma região central, praticamente equidistante as principais capitais do Nordeste, cerca de 600km. Isso facilita demais o deslocamento das cargas de forma que todas essas cargas passando por aqui vão gerar renda para o município, além da renda, empregos. Ou seja, com o potencial de Iguatu nos diversos setores entre esses agrícola, através da fruticultura, com destaque para a produção de banana, o setor industrial com a fabricação de calçados superando até mesmo em exportações a região do Cariri neste ano, o porto irá impulsionar a geração de crescimento e novos empregos”, finalizou.

                                                          jORNAL A PRAÇA 

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