A Diretoria do Banco do Nordeste (BNB) anunciou, na tarde dessa terça-feira (03/09), R$ 47,29 bilhões para o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). O montante, é 18,6% a mais do que implementado para este ano. O diretor de planejamento do BNB, José Aldemir Freire, falou sobre o crescimento do FNE para o próximo ano e disse que o banco vem dando um salto significativo nos últimos para o desenvolvimento dos Estados e Municípios. Entretanto, ressaltou que embora o volume do FNE venha aumentando, ainda não é o suficiente para atender a demanda por investimento em todo o Nordeste.
“A primeira coisa que a gente destaca é o expressivo crescimento da previsão do FNE para o próximo ano. Entre 2022 e 2025, vamos sair de R$ 32 bilhões para R$ 47 bilhões. É um volume expressivo, apesar de reconhecermos que mesmo com esse grande crescimento, de emprestarmos todo o recurso que temos do FNE, a demanda por investimento no Nordeste é tão grande que só ele não dá conta dessa necessidade”, disse.
Dos R$ 47,29 bilhões, R$ 29,38, ou seja, 62,1% serão voltados para atendimento prioritários que estão representados para mini, micro e pequeno-médio empreendedores. Já os não prioritários, ou seja, os portes médios e grandes (37, 9%), terão R$ 17,91 bilhões. O FNE atua em 2.074 municípios divididos entre os estados do Ceará, Alagoas, Maranhão, Bahia, Espirito Santo, Sergipe, Pernambuco, Piauí, Paraíba, Minas Gerias e Rio Grande do Norte. Além disso, também foram apresentadas as diretrizes do FNE para 2025, que estão focadas no desenvolvimento produtivo, inovação, infraestrutura econômica e urbana, meio ambiente, desenvolvimento social e educação.
PTE
Na ocasião, o secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Rafael Ramalho Dubeux, apresentou, junto com o presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara, o Plano de Transformação Ecológica (PTE). Segundo Rafael, o PTE foi pensando e estruturado com a realidade do Brasil e tem três objetivos: emprego e produtividade, sustentabilidade ambiental e justiça social. “O primeiro é geração de renda com aumento na produtividade, de aumento na incorporação da economia, ou seja, não é somente um plano ambiental, é um plano de desenvolvimento econômico que engloba componentes ambientais. Segundo objetivo, envolve uma nova relação com o meio ambiente, com redução da pegada ambiental do desenvolvimento, notadamente das emissões de gases estufas, ou seja, como é possível crescer e, ao mesmo tempo, diminuir a emissão de gases poluentes. Por último, como é promover uma distribuição de renda mais justa entre os diferentes grupos das sociedades e entre as diferentes regiões do país”, destaca.
Ainda conforme Rafael, a partir destes três objetivos foi organizado um conjunto de medidas em torno de 100 iniciativas diferentes que envolvem crédito, administrativo, financeiro, monitoramento, regulação, fiscalização, entre outros. Já os eixos do PTE estão divididos em finanças sustentáveis, adensamento tecnológico, bioeconomia e sistemas agroalimentares, transição energética, economia circular e nova infraestrutura verde e adaptação.
(Por Dalila Lima)