As pequenas e médias empresas (PMEs) que atuam no comércio online no Ceará registraram faturamento acumulado de R$ 56,7 milhões em 2024. O dado é referente ao período de janeiro até o último dia 19, e evidencia crescimento expressivo de 37%, em comparação com o mesmo período do ano anterior. O levantamento exclusivo foi realizado pela plataforma de e-commerce Nuvemshop, líder na América Latina, e enviado com exclusividade para o jornal O Estado.
O estudo revela ainda que, no acumulado do ano, essas empresas realizaram 191 mil pedidos, alta de 40%. Ao todo, foram vendidos 4,3 milhões de produtos, aumento de 19% no volume. O ticket médio, ou seja, o valor médio gasto por pedido, ficou em R$ 296,90.
Quando se analisa os meios de pagamento mais utilizados, o Pix lidera com 53% das transações, consolidando-se como a forma preferida pelos consumidores online. Em segundo lugar, aparece o cartão de crédito, responsável por 35% das compras, indicando que os consumidores ainda mantêm a confiança na compra parcelada, especialmente em um cenário de aumento do custo de vida.
Entre os segmentos que mais se destacaram, o setor de moda foi o que impulsionou o crescimento do comércio eletrônico no estado, com faturamento de R$ 39,2 milhões no período analisado. O segmento de acessórios alcançou R$ 854 mil em vendas, enquanto o setor de artes gerou R$ 672 mil em receitas. Os números mostram que o comércio eletrônico continua a ser uma via de crescimento significativa para PMEs cearenses, especialmente em setores voltados para o consumo de itens pessoais, como roupas e acessórios.
Na avaliação do economista Helder Cavalcante, o crescimento de 37% no faturamento das pequenas e médias empresas online no Ceará é um indicativo claro da consolidação do comércio eletrônico como um pilar do desenvolvimento econômico local. “Esse avanço expressivo demonstra não apenas a adaptação dos empreendedores às novas dinâmicas de consumo digital, mas também uma maior confiança dos consumidores em realizar compras online. Além disso, o aumento no volume de pedidos e produtos vendidos evidencia uma demanda robusta, impulsionada pela praticidade e flexibilidade oferecida pelas plataformas de e-commerce”, disse.
Outro ponto a ser destacado, segundo ele, é a predominância do Pix como meio de pagamento, representando mais da metade das transações. “Isso reforça o papel do sistema de pagamentos instantâneos na inclusão financeira e na aceleração das vendas digitais, uma vez que facilita as transações tanto para consumidores quanto para empresas. A liderança do setor de moda no faturamento também sugere que itens de consumo recorrente e de apelo emocional, como roupas e acessórios, encontram um público cativo no e-commerce, impulsionando as vendas e fomentando o crescimento das PMEs locais.”