A saída de deputados estaduais cearenses do PDT deve ser postergada até o fim das eleições municipais deste ano, após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmar, na segunda-feira, 26, a possibilidade de desfiliação por “discriminação pessoal”. A decisão, emitida pela ministra Isabel Gallotti, permite que os parlamentares deixem o partido sem perder o mandato, mas a mudança de legenda está prevista para ocorrer somente após a conclusão dos pleitos municipais em outubro. A informação é da colunista Alessandra Castro, do Diário do Nordeste
Os parlamentares que solicitaram a desfiliação são aliados do senador Cid Gomes (PSB), que abandonou o PDT em fevereiro devido a um racha interno e se filiou ao PSB. Inicialmente, os deputados manifestaram o desejo de seguir Cid na nova sigla. No entanto, essa filiação ao PSB já não é consenso entre os parlamentares que planejam deixar o PDT.
O deputado federal André Figueiredo, que atualmente ocupa a presidência interina do PDT nacional, afirmou que o partido irá recorrer da decisão do TSE. O objetivo é levar o caso para ser deliberado pelo Pleno do TSE e, caso necessário, buscar uma revisão no Supremo Tribunal Federal (STF).
Com essa decisão, o cenário político no Ceará continua em suspenso, com a expectativa de que as mudanças partidárias sejam concretizadas somente após a definição dos resultados das eleições municipais. Enquanto isso, o futuro do PDT no estado permanece incerto, à medida que o partido tenta evitar um possível enfraquecimento.