Queimadas e seca deixam Cariri em alerta

Blog do  Amaury Alencar
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Foto: Funceme

 

Em 2024, a Amazônia enfrenta uma crise ambiental problemática e que afeta todo o Brasil. As queimadas, que iniciaram no último dia 16 de agosto, ameaçam a biodiversidade e o equilíbrio climático do país. Além desse fator, o início dos meses mais quentes intensifica o cenário de seca, com reflexo notável no Cariri cearense. As consequências do problema estão no céu de coloração acinzentada, por do sol com cores mais quentes que o normal, umidade relativa do ar baixa e problemas respiratórios, devido a intensidade da seca e das queimadas que assolam a região.

Além do Cariri, o corredor de fumaça causado pela Amazônia Legal afetou outros 10 estados do país. As causas para o escurecimento do céu na região estão diretamente ligadas a intensidade do fogo, como também pela dispersão de partículas de fumaças, onde grandes quantidades de material particulado e gases poluentes são liberados na atmosfera. Apenas no mês de agosto, mais de 26 mil focos de incêndio foram registrados na Amazônia, sendo o pior momento da floresta em 19 anos, considerando o período de janeiro a julho.

Em termos de seca intensa, os meses de setembro, outubro e novembro - popularmente conhecidos como B-r-o Brós - costumam ser os mais quentes do ano no Ceará. Nesse período, as temperaturas máximas médias são mais elevadas em relação aos demais meses, o que potencializa incêndios com a queda da umidade do ar. “Se a temperatura aumenta, reduz a umidade relativa do ar, assim as tardes quentes, principalmente no sertão, vêm acompanhadas de tempo seco. O que aumenta ainda mais a sensação de calor”, explica Meiry Sakamoto, doutora em meteorologia. Atualmente, 18 municípios do Cariri estão sob alerta laranja para baixa umidade, com variações entre 20% e 12%. Em relação aos problemas causados pela baixa umidade, é recomendado que a população beba bastante água, evite a exposição ao sol entre as 11h e 15h, além de evitar banhos quentes. 

Em relação às queimadas relativas à seca, o Governo Federal autorizou a contratação de brigadas federais temporárias para a prevenção e o combate de incêndios florestais em 19 estados do país, incluindo o Ceará. Além das brigadas de combate direto ao fogo, equipes especializadas podem ser contratadas, atuando como uma força de elite no combate a incêndios florestais. 

O Superintendente da Autarquia Municipal de Meio Ambiente de Juazeiro do Norte, Eraldo Oliveira, faz recomendações a população a respeito de queimadas ilegais, que prejudicam ainda mais o clima. "O primeiro ponto é que as pessoas saibam que incêndio é crime. Depositar lixo em terrenos é crime e para tanto o proprietário dos terrenos, principalmente em zona urbana, eles precisam, além de cercar, de zelar. Uma vez acontecendo esse tipo de incêndio, o proprietário precisa fazer o B.O na Polícia Civil exatamente para tirar a responsabilidade daquele proprietário do terreno. As recomendações que a gente faz é que não queime resíduo, lixo”, explicou.

                                    Jornal do Cariri 

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