O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou, nesta terça-feira (17), a realização de novas eleições para os cargos de prefeito e vice-prefeito de Coreaú. Como faltam menos de seis meses para o fim do mandato, a escolha deve ser feita de forma indireta, pela Câmara de Vereadores do município.
O prefeito eleito Edezio Sitonio (PSB) e a vice Erika Frota foram cassados após condenação por abuso de poder econômico e compra de votos nas eleições municipais de 2020. Os dois ficaram ainda inelegíveis por oito anos e estabeleceu pagamento de multa. Em 2024, Edezio está como candidato à reeleição no Divulg, mas com uma nova companheira de chapa — Patrícya (PSB).
Apesar da inelegibilidade determinada pela Justiça Eleitoral, ele ainda aparece com a candidatura apta no DivulgaCandContas. De acordo com o calendário eleitoral, o prazo para substituição de candidaturas encerrou na última segunda-feira (16).
O Diário do Nordeste entrou em contato com Edezio Sitonio para saber se ele quer se manifestar sobre a decisão. Quando houver resposta, a reportagem será atualizada. Erika Frota não foi localizada pela reportagem.
Esta é a segunda vez, apenas em setembro, que o TSE determina a realização de eleições indiretas em municípios cearenses. Na última quinta-feira (12), a Justiça Eleitoral definiu que a Câmara Municipal de Pacujá também precisa escolher novos prefeito e vice-prefeito para a cidade.
Caso em Coreaú
Edezio Sitonio e Erika Frota haviam sido condenados pelo Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) ainda em maio de 2022, quando eles chegaram a deixar o cargo. Contudo, uma liminar do ministro Alexandre de Moraes, do TSE, ordenou o retorno deles a Prefeitura.
Agora, com a cassação confirmada pelo TSE, eles deixam novamente os cargos de prefeito e vice.
A condenação dos dois ocorreu em decorrência de apreensão feita na véspera das eleições de 2020, quando foram apreendidos valores em dinheiro, santinhos e adesivos diversos. Também foram flagradas promessas ou fornecimento de benefícios em dinheiro ou pagamento de contas de aluguel, água, luz e gás de cozinha, segundo a Justiça. Na ocasião, havia ainda uma lista com nomes de eleitores e o detalhamento de quanto havia sido pago a cada um deles em troca dos votos.
Além do prefeito e da vice, também foi cassado o vereador Chico Antônio. O parlamentar e secretários municipais também tiveram a inelegibilidade determinada pela Justiça Eleitoral.
Diário do Nordeste