Paulo Pinto/Agência Brasil
A falta de eletricidade em parte da cidade de São Paulo, que começou na sexta-feira (11), já soma perdas brutas de cerca de R$ 1,65 bilhão para os setores de varejo e serviços, considerando o faturamento que ambos deixaram de registrar por três dias, segundo cálculos da FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo).
O varejo paulistano teve prejuízos de ao menos R$ 536 milhões nos dias em que parte dos agentes do setor ficou sem funcionar, e as perdas no setor de serviços somam R$ 1,1 bilhão. Esses dados foram compilados levando em conta que, aos fins de semana, o comércio de São Paulo tende a faturar, em média, R$ 1,1 bilhão por dia, enquanto os serviços têm receitas de R$ 2,3 bilhões.
Contudo, a federação estima ainda que “esse valor deverá ser maior, porque a empresa responsável pela distribuição de energia a Enel, ainda não forneceu respostas concretas sobre o retorno do serviço à totalidade dos imóveis que dependem da rede”.
Em nota, a FecomercioSP diz que “a nova interrupção do fornecimento de energia evidencia, além do mais, como é fundamental discutir uma reforma administrativa a nível nacional já que todas as instâncias de governo, apesar de grandes arrecadadoras de tributos, não conseguem fornecer serviços básicos à população — quanto mais com qualidade minimamente aceitável”.
A entidade afirmou que trabalha desde a última sexta para colaborar com os setores mais afetados pelo novo apagão em São Paulo. A Fecomercio exige “que a Enel faça a restauração da distribuição com o máximo de urgência possível”.
“Para a FecomercioSP, é inaceitável que a maior metrópole brasileira sofra com constantes cortes de energia, como vem acontecendo nos últimos meses”, disse a federação.
“Como já reforçado em outras ocasiões, a Federação tem apontado à Enel como muitas empresas estão contabilizando perdas econômicas a cada dia sem luz, como mercados, restaurantes, farmácias e lojas do varejo, além de serviços que ficam impossibilitados de operar, já que, além da energia, estão sem acesso à Internet.”
R7