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O desempenho do PT nas eleições municipais de São Paulo, no primeiro turno, intensificou o debate sobre a sucessão de Gleisi Hoffmann na presidência nacional do partido. O resultado eleitoral reforçou a influência de uma ala que defende um nome do Nordeste para o comando da legenda. A região, cada vez mais importante para o desempenho nacional do partido, mostrou força nas urnas, enquanto o PT enfrentou dificuldades no Sul e Sudeste. As informações foram destaque no jornal O Globo, na edição desta terça-feira (15).
Entre os oito estados onde o PT aumentou o número de prefeitos em relação a 2020, seis estão no Nordeste. Em contraste, no Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, o partido teve uma retração. Ministros nordestinos como Camilo Santana (Educação), Wellington Dias (Desenvolvimento Social) e Rui Costa (Casa Civil) se destacaram como importantes cabos eleitorais, consolidando mais 71 prefeituras nos seus estados.
Com esse contexto, cresce a pressão por um nome nordestino na presidência da sigla, cuja escolha está prevista para 2025. Um dos nomes ventilados para a sucessão de Hoffmann é o do deputado federal cearense, José Guimarães, líder do Governo Lula na Câmara Federal. No entanto, qualquer movimentação nesse sentido deverá contar com a aprovação do presidente da República.
A escolha por um nome do Nordeste para o comando nacional do PT enfrenta resistência. Um outra ala da legenda acredita que o sucesso nas eleições municipais, especialmente no Ceará, Piauí e Bahia, não é suficiente para garantir a escolha de um nome nordestino para o comando do partido.
Integrantes do PT defendem que a performance no segundo turno das eleições municipais poderá influenciar diretamente a sucessão na legenda. Caso Guilherme Boulos (PSOL) vença em São Paulo, o peso da ala paulista na escolha do novo presidente do PT aumentaria.
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