Governo do Ceará doou terrenos das duas novas sedes em Fortaleza
Mais educação de qualidade para a juventude cearense. O Governo Federal, por meio do Ministério da Educação, autorizou, nesta sexta-feira (18), a elaboração dos projetos de estudos preliminares de topografia, arquitetura e complementares de engenharia, para execução das obras de seis novos campi, em cinco municípios, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). As ordens de serviço foram assinadas, em Fortaleza, pelo ministro Camilo Santana; pelo governador Elmano de Freitas; e pelo reitor Wally Menezes.
Os novos campi serão construídos nos municípios de Campo Sales, Cascavel, Lavras de Mangabeira, Mauriti e Fortaleza, nos bairros Messejana e São Gerardo. O investimento para as obras será de R$ 150 milhões. Quando em operação, os seis novos campi irão abrir 8,4 mil vagas para os estudantes.
“Esses novos campi representam o aumento de oportunidades para a juventude cearense. Gostaria de agradecer ao ministro Camilo, por fortalecer o projeto que temos no Ceará, de ter uma educação pública de qualidade como um verdadeiro vetor. Tudo isso amplia o acesso ao ensino de qualidade em todo território cearense”, destacou o governador Elmano de Freitas.
As novas unidades do IFCE fazem parte do plano de expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, que prevê a criação de 100 novos campi de institutos federais em todo o país. O objetivo é aumentar a oferta de vagas na educação profissional e tecnológica (EPT), criando oportunidades para jovens e adultos, especialmente os mais vulneráveis.
Camilo Santana lembrou que uma das novas unidades de Fortaleza estará presente no antigo prédio da Secretaria da Segurança Pública e Proteção Social (SSPDS), algo simbólico. “Para mim é muito simbólico estarmos aqui onde irá funcionar um dos IFCE, transformando uma área de segurança em uma escola para os jovens. Gostaria de agradecer ao governador Elmano por isso. Tudo isso faz parte de um grande conjunto de ações do Governo Federal para reforçar o ensino em todo o país”.
Por meio do Novo PAC, o IFCE está recebendo, ainda, R$ 47 milhões, que serão repassados até 2026 para consolidação das unidades já existentes. Entre 2023 e 2024, cerca de R$ 21 milhões já foram enviados para a construção de 11 novos restaurantes estudantis nos campi Acaraú, Acopiara, Aracati, Boa Viagem, Canindé, Itapipoca, Limoeiro do Norte, Maranguape, Quixadá, Tabuleiro do Norte e Tauá.
Até 2026, estão previstos mais R$ 25,9 milhões para restaurantes estudantis nos campi Baturité, Camocim, Caucaia, Horizonte, Guaramiranga, Morada Nova, Paracuru, Tianguá e Ubajara e bibliotecas nas unidades de Tianguá, Jaguaribe e Umirim.
Secretária da Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Sandra Monteiro detalhou a escolha dos municípios para receber os novos campi. “O IFCE veio para democratizar o ensino técnico. Essa escolha dos locais se baseia também na oferta e demanda das vagas. Aqui há um estímulo para atrelar programas do Estado para fortalecer tanto a empregabilidade como a formação de pessoas que podem contribuir como empreendedoras. Todas essas oportunidades só são viáveis com a chegada do IFCE”, pontuou.
Reitor do IFCE, Wally Menezes ressaltou que a intenção de estruturar cada vez mais os campi, além de melhorar a condição para os alunos, é trazer para os espaços também as famílias dos estudantes. “Teremos áreas com tudo que é necessário para os nossos estudantes. O que desejamos fazer é trazer os estudantes e suas famílias para dentro da instituição. O nosso estudante será um exemplo e uma fonte de inspiração para outros estudantes. Esse é o Instituto que é a cara do Brasil”, afirmou.
Grande experiência
Aluna do curso de Telecomunicações, a jovem Maria Eduarda, 16, fala com clareza como o IFCE mudou sua rotina e sua vida de modo geral. “Já estou há dois anos na instituição. É muito especial como, além de estudar, também nos preparamos para o mercado de trabalho. Já sei com o que quero trabalhar, investir. Me sinto preparada para o futuro”.
Atualmente, o IFCE possui 34 unidades, sendo 33 campi e um polo de inovação. Amigos de curso, Miguel Ângelo, 15, e Ulisses Costa, 16, estudam Eletrotécnica em Fortaleza. A dupla concorda que apesar do nível puxado, a experiência é enriquecedora. “Vim da escola particular e até pensei que seria mais fácil pra mim, mas os primeiros meses foram difíceis”, brinca Costa. “Mas é uma grande experiência. Se um dia tiver um filho, vou querer que ele curse também algo no IFCE”, completa.