Escoamento de energia eólica e solar do Nordeste é ampliado para o país

Blog do  Amaury Alencar
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O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) anunciou a ampliação dos limites de intercâmbio de energia entre o Nordeste e as regiões Sudeste/Centro-Oeste e Norte do Brasil, promovendo um aumento significativo no escoamento da energia gerada por fontes eólica e solar. Essa medida, segundo o diretor-geral do ONS, Marcio Rea, é crucial para otimizar o aproveitamento da geração de energia renovável, com impacto direto na segurança energética do Sistema Interligado Nacional (SIN). Segundo o ONS, “a ampliação do escoamento de energia entre as regiões que compõem o sistema de transmissão é uma importante medida para a minimização das restrições de geração”.

No subsistema Nordeste-Sudeste/Centro-Oeste, a capacidade de exportação de energia foi ampliada em cerca de 12%, passando de 11.600 MW para 13.000 MW. Já no intercâmbio Nordeste-Norte, o aumento chega a quase 30%, saltando de 4.800 MW para 6.200 MW. Esse avanço permitirá que o escoamento da energia eólica e solar retorne aos níveis anteriores ao evento de 15 de agosto de 2023, com maior segurança e confiabilidade.

No Ceará, a entrada em operação da subestação Pacatuba e de três novas linhas de transmissão de 500 kV – Pecém II/Pacatuba C, Fortaleza II/Pacatuba C e Pacatuba/Jaguaruana II C – foi fundamental para viabilizar o aumento da transferência de energia. Essas infraestruturas, que fazem parte dos Lotes 03 e 07 do Leilão de Transmissão nº 02 de 2018, posicionam o estado como um importante polo de escoamento da energia limpa gerada na região, reforçando sua liderança na produção de energia renovável.


“O Ceará desempenha um papel central na transição energética do País. A ampliação das linhas de transmissão é um marco importante para garantir que a energia gerada aqui, principalmente por fontes eólicas e solares, chegue com eficiência e segurança ao Sudeste, que concentra a maior demanda”, destacou Marcio Rea. “A ampliação das linhas de transmissão está em linha com a estratégia de aumentar a transferência de energia do Nordeste, maior produtor de energia limpa do País, para os demais subsistemas, em particular para o centro de carga que é o Sudeste. É uma situação na qual todos ganham. O SIN ganha em termos de segurança energética e a sociedade se beneficia ao ter um sistema elétrico mais eficiente, em constante evolução e cada vez mais sustentado por fontes renováveis, contribuindo ainda mais com a transição energética, uma das agendas prioritárias do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira”, completou.
O aumento da capacidade de transmissão não só beneficia o estado, mas contribui para o desenvolvimento de toda a região Nordeste, que se consolidou como o maior produtor de energia renovável do Brasil. A entrada em operação de mais uma linha de transmissão, prevista para o final de outubro na Bahia, promete ampliar ainda mais essa capacidade, atingindo 13.800 MW no intercâmbio Nordeste-Sudeste/Centro-Oeste.
Com essa ampliação, o SIN ganha em termos de segurança energética e o consumidor, em eficiência. Ao mesmo tempo, o Brasil avança na agenda de transição energética, priorizando cada vez mais o uso de fontes limpas, como eólica e solar, que vêm se consolidando como a base da matriz elétrica nacional.

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