G20 no Ceará: Reunião ministerial defende um maior financiamento para a área da educação

Blog do  Amaury Alencar
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“A importância do GT de Educação é a gente unir os países do G20 em torno da necessidade de lutarmos e defendermos um financiamento para a educação”, disse Camilo Santana

Sendo considerado um case de sucesso quando o tema é educação, o Ceará recebeu, nesta quarta-feira (30), a reunião ministerial do GT de Educação do G20. Durante todo o dia foram discutidos temas como um maior financiamento para a educação global, a valorização dos professores e a relação da escola com a comunidade.

Representando os demais ministros, o ministro da Educação, Camilo Santana, enfatizou a importância de um maior investimento na educação e como esse tema foi acordado entre os ministros do G20. “Eu considero que o G20 precisa ser sempre um movimento. A raiz do G20 são as finanças globais, então a importância do GT de Educação é a gente unir os países do G20 em torno da necessidade de lutarmos e defendermos um financiamento para a educação, que ainda está longe de ser o adequado para a maioria dos países do G20 e do mundo”, explicou o ministro Camilo Santana.

A desigualdade da educação, tanto no território brasileiro quanto em todo o mundo, foi um dos temas abordados e relevantes para a decisão do grupo em defender um maior investimento para a área. “Nós precisamos nos unir em torno da defesa desses países para um financiamento da educação no planeta. Isso, para nós, é um consenso maior”, enfatizou Camilo.

Construção de consenso

A reunião do GT de Educação teve a participação de delegados de todos os países membros do G20: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia, União Europeia e União Africana. Além disso, também participaram representantes de países convidados, como Angola, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Noruega, Portugal e Singapura.

O encontro também contou com a participação de organismos multilaterais, a exemplo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), da Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), entre outros.

Presente na reunião, o secretário-geral da OEI no Brasil, Mariano Jabonero, destacou o sucesso do Ceará na educação. “Estamos em um Estado que é uma referência, podemos ver como era o Ceará há um tempo atrás e como é hoje. Temos que ressaltar sempre a evolução do que aconteceu no Ceará”, comentou.

À frente de uma organização que completou 75 anos, e tem uma parceria com o Brasil há 20 anos, Mariano Jabonero, ressaltou a importância do que foi construído em Fortaleza, na tarde desta quarta-feira (30). “Nesse momento, Fortaleza é a capital mundial da Educação. É um gosto vir aqui aprender e compartilhar sobre educação e inovação. São dezenas de países, da maior diversidade, em uma mesa conversando para tirar dados de experiências e construir consenso. É a única forma que a política tem sucesso. O que se construiu aqui, hoje, é um caminho e eu acredito que virá muito mais”, concluiu Rabonero.

Aprender com a experiência

O secretário-executivo do MEC, Leonardo Bachini, ressaltou a importância de conhecer as experiências de outros países para colocar em prática, da melhor forma possível, políticas públicas no Brasil.

“Nós estamos em um momento de anúncio de várias medidas na educação, e estamos fazendo estudos, inclusive, para várias medidas para professores. Então, tudo isso, essa troca de experiências, é importante para que a gente aprenda com experiências internacionais. Porque alguns países já passaram por isso e é fundamental que a gente aprenda com os acertos e com os erros. E todos os países têm mostrado uma grande disposição de compartilhar”, pontuou.

Entre os assuntos que foram tratados durante a reunião, a valorização dos professores e a relação de escola-comunidade receberam um forte foco. “Estamos aqui para levar as melhores políticas públicas possíveis para os estudantes brasileiros. Então esses encontros só fazem com que a educação brasileira avance”, concluiu.

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