A greve dos servidores do INSS continua afetando diariamente a vida de milhões de beneficiários e segurados da previdência social. São mais de três meses de paralisação, com impacto na agenda de quem precisa de respostas a pedidos de benefícios e espera agilidade na concessão de aposentadorias, pensões e outros auxílios.
O INSS considera que a greve já acabou, mas, para entidades que congregam servidores, a paralisação ainda não chegou ao fim por falta de atendimento, por parte do governo federal, de reivindicações da categoria.
AUDIÊNCIA PÚBLICA
Uma audiência pública, marcada para próxima quinta-feira (17), na Câmara Federal, reunirá representantes do governo e dos servidores na tentativa de um entendimento sobre o fim da paralisação.
As entidades cobram sinais reajuste salarial e reposição do quadro de pessoal: o INSS tem quase 19 mil servidores em todo o país, mas chegou a ter 25 mil em 2015. São 15 mil técnicos responsáveis por quase todos os serviços do órgão e 4.000 analistas.
O acordo para o fim da greve, assinado por uma das entidades sindicais, garante aos servidores reajuste de 9% em janeiro de 2025 e 9% em abril de 2026, além de reestruturação da carreira, que passará de 17 para 20 níveis.
Como sinalização para a greve acabar, o governo desistiu do desconto dos dias parados nos salários dos servidores correspondentes aos meses de julho e agosto, mas, para quem insistir com os braços cruzados, terá prejuízo no bolso.