A partir desta sexta-feira (1º/11), os usuários do Pix que utilizarem um novo dispositivo — como um celular ou computador que ainda não tenha sido registrado para transações — enfrentarão limites de R$ 200 por transferência e R$ 1.000 diários até que o aparelho seja cadastrado oficialmente no banco. A medida não impacta os aparelhos já usados e cadastrados, focando apenas em dispositivos novos ou que não tenham registro prévio para o uso do sistema.
A mudança, anunciada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), é uma resposta ao aumento das fraudes bancárias e foi discutida em conjunto com o Banco Central. A nova regra visa dar mais segurança ao usuário, uma vez que qualquer transação feita em dispositivos não reconhecidos será limitada automaticamente. O diretor-adjunto de Serviços da Febraban, Walter Faria, alerta que os clientes devem se precaver contra golpes e ignorar qualquer link ou mensagem que solicite dados bancários fora do aplicativo oficial do banco.
Para efetuar o cadastro de um novo dispositivo, a Febraban esclarece que o cliente receberá instruções exclusivamente pelo app da instituição financeira. Caso alguma mensagem chegue via WhatsApp, SMS ou e-mail solicitando dados, o cliente deve ignorá-la e entrar em contato diretamente com o banco para evitar possíveis fraudes.
Além do limite para novos dispositivos, as cerca de 900 instituições financeiras que operam o Pix deverão reforçar seus sistemas de análise de risco. A expectativa é que, a cada seis meses, essas instituições verifiquem as marcações de fraude dos clientes na base de dados do Banco Central, ajudando a identificar e conter transações suspeitas.
Outra novidade que promete beneficiar os usuários é o Pix agendado, antecipado pelo Banco Central nesta semana e já disponível para pagamentos de valor fixo, como mesadas, aluguel e doações entre pessoas físicas. Previsto inicialmente para junho de 2025, o serviço agora pode ser programado para executar transferências automaticamente, sem necessidade de autenticação manual a cada transação.
“Os bancos associados à Febraban já contam com estas práticas em seus processos e ferramentas antifraude. A entidade acompanha todas as regulamentações do mercado e, em caso de mais alterações, se empenhará juntos aos bancos filiados para implementá-las dentro do prazo estabelecido pelo órgão regulador. Medidas adicionais de segurança podem e serão sugeridas ao BC caso sejam necessárias”, disse Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban.
Esse novo recurso de agendamento se destaca pela praticidade: as transferências programadas pelo usuário serão realizadas entre meia-noite e 8h, desde que haja saldo na conta. Se o valor não estiver disponível, uma nova tentativa será feita entre 18h e 21h, com notificação ao cliente caso a operação não seja concluída. O Banco Central determinou que todas as instituições financeiras disponibilizem o Pix agendado até abril de 2025, ampliando as possibilidades de pagamento e garantindo conveniência para usuários que buscam uma alternativa ágil e automática para compromissos financeiros recorrentes. Essas atualizações reforçam o Pix como um sistema dinâmico, adaptado tanto às exigências de segurança quanto às necessidades práticas do consumidor.