Tupperware, famosa pelas embalagens de plástico, anuncia novos donos e pode reverter falência

Blog do  Amaury Alencar
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Foto: Shutetrstock

Famosa pelas embalagens de plástico, a marca Tupperware anunciou nesta semana que firmou acordo preliminar com um grupo de credores, nos Estados Unidos, que deve permitir que a empresa saia da crise e evite a falência. A fabricante enfrentava problemas financeiros há anos e divulgou neste ano que iniciaria um processo de recuperação judicial.


O contrato estabelece que os credores, que incluem fundos de investimento afiliados a Alden Global Capital e a Stonehill Institutional Partners, pagarão US$ 23,5 milhões em dinheiro (mais de R$ 133 milhões), trocarão US$ 63,8 milhões (cerca de R$ 361,4 milhões) da dívida que possuem e serão os novos donos do empreendimento e de algumas de suas operações. As informações são dos jornais O Globo e Estadão.


Na terça-feira (22/10/2024), a Tupperware divulgou que se comprometeu em vender aos credores a propriedade intelectual “necessária para criar e comercializar a marca Tupperware”, além de alguns ativos nos Estados Unidos e em outras filiais estrangeiras.  


Como a transação afetará os clientes?

Os consumidores poderão continuar a comprar os produtos da marca por meio de consultores — sistema tradicional de venda da empresa —, sites e parceiros nos principais mercados mundiais, conforme detalhou o empreendimento no comunicado desta semana.


Em setembro deste ano, a Tupperware divulgou o início do processo de recuperação judicial. No dia anterior ao anúncio, a cotação das ações da famosa fabricante de recipientes de plástico foi suspensa em Wall Street, após a agência Bloomberg informar sobre uma possível falência. 


Há anos, a empresa lida com uma dívida de centenas de milhares de dólares e já reestruturou seu passivo uma vez, em 2020. Desde 2022, o grupo não publica suas contas. Nesse ano, o faturamento caiu a 1,3 bilhão de dólares, 42% menos que cinco anos antes.


O que motivou crise da Tupperware

Criada em 1946, a Tupperware fez sucesso nos Estados Unidos e muitos outros países graças à eficácia da sua rede de representantes. Os recipientes de plástico para alimentos eram inicialmente vendidos em lojas, até que a empresa lançou as “reuniões Tupperware” entre um representante do grupo e potenciais compradores na casa de um deles. 


A Tupperware alega que foi prejudicada pelo comércio on-line, entregas de alimentos a domicílio e embalagens descartáveis. A empresa também  foi afetada pela decisão de alguns consumidores de buscar soluções mais ecológicas. 


A empresa tentou se adaptar às mudanças no modelo de consumo e desenvolveu vendas on-line e acordos de distribuição com lojas. Mas não conseguiu conter o desastre. “É difícil imaginar como essa marca poderia voltar aos seus dias de glória”, refletiu Saunders.


Em 2017, a empresa criada por Earl Tupper tinha mais de três milhões de representantes em todo o mundo.


Fonte: Diário do Nordeste

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