O incêndio de grandes proporções que atinge a Chapada Nacional do Araripe, na região do Cariri, já consumiu mais de 140 hectares (equivalente a cerca de 140 campos de futebol), de acordo com informações do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBIO).
O fogo começou na terça (29), por volta das 14h, no sopé da Chapada do Araripe, na cidade do Crato. Um grupo de 42 pessoas iniciou o combate que segue até esta sexta (01) com brigadistas, bombeiros. Equipes da Ciopaer também foram acionadas.
De acordo com chefe do ICMBIO da Chapada do Araripe, Carlos Augusto, "o incêndio foi controlado ontem à noite, ele está hoje no estágio do controle para extinção. A nossa equipe está em campo agora pela manhã fazendo um segundo monitoramento para verificar se de fato a gente já pode decretar a sua total extinção".
Pedido de investigação
Primeira floresta nacional do Brasil é atingida por incêndio que dura três dias — Foto: Thiago Américo/Arquivo pessoal
O Ministério Público cobra que a Polícia Civil investigue se a ocorrência foi criminosa. O órgão deu um prazo de dez dias para o o ICMBIO apresente um relatório sobre a extensão total do dano. O Corpo de Bombeiros e a Brigada de Incêndio do Crato também devem informar quais providêndias foram adotadas para combater as queimadas.
O promotor de Justiça do Crato, Thiago Marques, cobra que os órgãos atuem de forma conjunta
"A gente já tem vários procedimentos, instauramos esse inquérito civil para apurar especificamente esse dano causado. A Polícia Civil já foi requisitada para abertura de investigação. A nossa ideia é conseguir tentar chegar não só à causa, mas aos possíveis infratores que ocasionaram isso, porque hoje a gente já tem certeza que esse acontecimento foi criminoso."
Ainda de acordo com o MP, o desmatamento e o uso do fogo em determinadas áreas demandam autorização dos órgãos ambientais, conforme os artigos 26 e 38 da lei Nº 12.651/2012. E fora das hipóteses legais, se configura crime ambiental.
A população pode formalizar denúncias ao Ministério Público do Crato através do WhatsApp (85) 98563-2880.
G1 CE