(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Em entrevista coletiva, nesta quinta-feira (14), o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, afirmou que há indícios de que o chaveiro Francisco Wanderley Luiz, 59 anos, contou com o apoio os ataques terroristas em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), na noite desta quarta-feira (13). As autoridades policiais vão investigar como o homem obtinha o dinheiro necessário para se manter em Brasília.
"Eu tenho ressalvas com essa expressão 'lobo solitário', porque, ainda que a ação visível seja individual, por trás dessa ação nunca há só uma pessoa, há sempre um grupo, ou ideia de um grupo, com extremismos e radicalismos que levam ao cometimento dos crimes. A ação, de fato, foi individual, mas a investigação dirá se há outras conexões, redes, o que está por trás e impulsionou essa ação. Equipes estão em Brasília e em Santa Catarina", disse.
O chaveiro passou os últimos quatro meses vivendo em uma casa alugada em Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal, a cerca de 30 quilômetros da Praça dos Três Poderes, na área central de Brasília.
Além da casa, onde preparou ao menos parte dos artefatos explosivos, Luiz, também conhecido como Tiü França, alugou um trailer que estava estacionado próximo à Praça dos Três Poderes, junto a outros veículos adaptados para permitir a venda de alimentos.
"Este trailer alugado há alguns meses estava em um ponto estratégico, nas proximidades do STF, o que nos aponta para um planejamento de longo ou médio prazo e que sinaliza para a gravidade de tudo isso", disse o diretor-geral da PF.
De acordo com o diretor-geral, parentes de Luiz já comentaram que ele é dono de alguns imóveis alugados em Rio do Sul, cidade catarinense do Alto Vale do Itajaí onde ele morava e onde chegou a disputar as eleições municipais de 2020, concorrendo ao cargo de vereador pelo PL.
Com informações da Agência Brasil.