Candidato à Presidência da OAB Ceará, o advogado Fábio Timbó prega uma entidade independente, longe de partidos políticos e comprometida com a luta para os magistrados cumprirem prazos e um Judiciário mais ágil. A eleição para o comando da Ordem dos Advogados do Brasil será realizada no dia 19 de novembro e é marcada por uma inédita desmobilização.
Em entrevista, Timbó é cáustico nas palavras, faz duas duras críticas ao modelo adotado nas últimas gestões que deixou a OAB atrelada a grupos políticos, distante dos advogados e letárgica para encampar lutas e defender prazos para os magistrados e uma Justiça que funcione.
‘’A OAB Ceará morreu e precisa ser ressuscitada’’, critica Fábio Timbó, ao dizer que a OAB da vanguarda não existe mais, que hoje a entidade vive de festas, é letárgica por ignorar a angústia dos advogados que sofrem com uma Justiça pelo descumprimento de prazos e prega mudanças nos rumos da instituição.
Fábio Timbó, na entrevista levada ao ar, nesta segunda-feira, afirma que, se eleito presidente, uma das suas principais ações será a construção de um movimento para o Congresso Nacional aprovar um projeto de lei que institua prazo para o magistrado.
‘’É preciso que tenhamos prazo para o magistrado. Advogado tem prazo, mas magistrado, não. Isso tem que acabar’’, afirma Timbó, ao dizer que vai trabalhar para a OAB romper a letargia e, com diálogo, fortalecer a advocacia.
Segundo Fábio Timbó, o desestímulo para o exercício da advocacia no Ceará é um dos reflexos da falta de compromisso da OAB com os seus membros e com a sociedade. Como consequência, em seu entender, muitos advogados, ao invés de se dedicarem a profissão, estão indo para o UBER.
Ceará Agora