As Feiras de Pequenos Negócios de Fortaleza movimentaram R$ 1.602.789,47 entre janeiro e outubro de 2024, ultrapassando o montante de R$ 1.553.867,05 alcançado no mesmo período do ano passado. Desde o início do programa, em 2014, a iniciativa contabiliza mais de 6.500 edições e o cadastro de 3.153 pequenos empreendedores, somando mais de R$ 14,9 milhões injetados na economia local.
Com o objetivo de fomentar o empreendedorismo e gerar renda para pequenos comerciantes, a Secretaria Municipal do Desenvolvimento Econômico (SDE) ampliou a programação das feiras, que ocorrerão até 30 de novembro em diferentes pontos estratégicos da cidade. Além dos terminais de ônibus – Siqueira, Papicu, Messejana, Antônio Bezerra, Parangaba, Lagoa e Conjunto Ceará -, as feiras ocorrem diariamente, das 8h30 às 17h30, promovendo um contato direto entre os pequenos empreendedores e a população.
Outro ponto de venda é a tradicional Feirinha da Beira-Mar, onde foram instalados seis boxes destinados a beneficiários dos projetos sociais “Costurando o Futuro” e “Nossas Guerreiras”. De acordo com o secretário do Desenvolvimento Econômico, Rodrigo Nogueira, essa é uma “vitrine estratégica para a economia popular e uma oportunidade de renda para quem mais precisa”. Os espaços funcionam das 17h às 22h, atraindo visitantes e fortalecendo a cadeia produtiva local.
A SDE também estimula a participação de novos empreendedores, que podem se inscrever para comercializar produtos nas feiras. Para realizar o cadastro, é necessário apresentar RG, CPF, comprovante de endereço e uma amostra do produto. A SDE disponibiliza o telefone (85) 3771-6641 para mais informações. Com resultados que refletem o impacto positivo na economia de Fortaleza, as Feiras de Pequenos Negócios não apenas incentivam o consumo de produtos locais, mas também fortalecem a autonomia financeira de diversos empreendedores.
Na avaliação do economista Helder Cavalcante, os dados das Feiras de Pequenos Negócios em Fortaleza indicam uma trajetória de crescimento na movimentação financeira, com um aumento de cerca de 3,1% na comparação entre o acumulado deste ano e o mesmo período de 2023. “Esse crescimento reflete não apenas a retomada do consumo de bens locais, mas também uma adaptação dos pequenos empreendedores ao mercado. A iniciativa é crucial para a economia popular, proporcionando alternativas de geração de renda em um contexto de economia urbana e mitigando a informalidade ao incluir esses comerciantes no circuito econômico da cidade”.
Além disso, segundo o especialista, o programa demonstra a importância da economia de proximidade, em que pequenos empreendedores têm a chance de comercializar diretamente com a comunidade. “A presença em pontos de grande circulação, como terminais de ônibus e a Feirinha da Beira-Mar, favorece o acesso a novos públicos e amplia o volume de vendas. Isso se reflete positivamente na economia local, incentivando um ciclo de consumo de produtos locais e fomentando o empreendedorismo em comunidades com menor inserção no mercado formal, criando um ecossistema que valoriza a produção artesanal e o comércio de pequena escala”.