O Governo Federal anunciou programa para melhorar o atendimento de passageiros com transtorno do espectro autista (TEA) nos aeroportos brasileiros. A proposta, liderada pelo Ministério de Portos e Aeroportos, é instalar pelo menos 20 salas multissensoriais até 2026.
O plano prevê também capacitação dos profissionais do setor e propagandas de conscientização para os demais passageiros. As salas terão, segundo o programa, estímulos sensoriais visuais, táteis e auditivos, além de áreas com ambientes tranquilos e estímulos reduzidos, para acolher passageiros durante eventual crise.
O programa foi inspirado em duas salas sensoriais instaladas nos Aeroportos de Florianópolis e Vitória. A iniciativa do governo Lula (PT) não deve gerar custos aos cofres públicos. O plano prevê que os investimentos sejam realizados pelas próprias concessionárias que administram os aeroportos.
O TEA é um conjunto de condições que afetam o desenvolvimento, com três características que podem aparecer em diferentes proporções, em conjunto ou isoladas: alterações na fala, dificuldade de socialização e comportamento repetitivo e estereotipado. O autismo não possui diagnóstico único.
As primeiras manifestações podem aparecer na infância, mas existem também casos de diagnósticos na vida adulta. Segundo o Ministério de Portos e Aeroportos, cerca de 200 mil pessoas com TEA circulam pelos aeroportos do Brasil mensalmente.
Nos últimos anos, os avanços da medicina diagnóstica e também a maior conscientização sobre o tema têm levado a uma expansão do que é considerado hoje o espectro, refletindo assim no aumento de casos de autismo.