O turismo brasileiro deve registrar um dos seus melhores períodos da última década, com uma movimentação de R$ 157,74 bilhões entre novembro de 2024 e fevereiro de 2025. A estimativa, elaborada pelo Ministério do Turismo com base nas projeções da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), marca o maior faturamento em dez anos e reforça a importância da alta temporada para o segmento, que concentra cerca de 44% da receita anual do setor.
São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais respondem juntos por mais da metade da receita projetada, com estimativas de R$ 51,4 bilhões, R$ 19,0 bilhões e R$ 17,2 bilhões, respectivamente. Segundo o ministro do Turismo, Celso Sabino, “os recentes números positivos do turismo confirmam que estamos trabalhando no caminho certo e que nosso setor reúne todas as condições para alavancar a economia do nosso país, contribuindo ainda mais para geração de renda, emprego e inclusão”.
A projeção para a alta temporada reflete também o aumento do número de passageiros em voos domésticos e internacionais. Entre os segmentos que devem se destacar nos próximos meses estão bares e restaurantes, com movimentação de R$ 70,67 bilhões, e o transporte rodoviário, com receita de R$ 37,55 bilhões. Hospedagem e transporte aéreo também devem ter bom desempenho, impulsionados pela recente queda de 21,1% nos preços das passagens aéreas, após anos de altas expressivas.
Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, o crescimento do turismo está diretamente ligado aos avanços econômicos do país. “O crescimento projetado para o turismo reflete a resposta positiva do mercado aos avanços econômicos recentes”, observou Tadros, ressaltando o papel da estabilidade econômica no desempenho do setor.
Contratações temporárias
A expectativa de aumento na receita para a alta temporada também deve refletir na criação de empregos temporários. A CNC projeta a criação de 76,5 mil vagas formais entre outubro de 2024 e janeiro de 2025, o maior número desde 2015, quando foram registradas 85,2 mil contratações. Atualmente, o setor de turismo emprega 3,51 milhões de trabalhadores formais, um aumento de 7,9% em comparação ao período pré-pandemia.
O setor de alimentação deverá liderar as contratações temporárias, com 54,2 mil vagas, seguido pelo segmento de transportes, com 10,6 mil, e hospedagem, com 8,4 mil oportunidades. O salário médio de admissão está estimado em R$ 1.842, representando um ganho real de 1,9% frente ao ano anterior.
O ministro Celso Sabino reforça que o fortalecimento do turismo contribui para a geração de emprego e renda e que o Ministério trabalha alinhado com as diretrizes do governo federal para promover a inclusão social. “Estamos seguindo a orientação do presidente Lula de trabalhar pensando na geração de novas oportunidades de emprego e renda, promovendo a inclusão social do nosso povo”, conclui Sabino. Esses números reforçam o otimismo do setor para o início de 2025, que promete não apenas um aquecimento econômico com impacto nas principais cadeias produtivas do turismo, mas também um cenário promissor para o fortalecimento de pequenos e médios negócios, essenciais para a economia local e nacional.