A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (5), a operação Vis Occulta, contra um grupo considerado criminoso, apontado por influenciar nas eleições de outubro em municípios do Ceará, por meio da compra de votos. A ofensiva cumpriu dois mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão, além da aplicação de medidas cautelares a cinco investigados, como o recolhimento domiciliar noturno e o uso de tornozeleira eletrônica. Entre os presos estão um empresário e um prefeito eleito no último pleito.
A operação Vis Occulta, é um desdobramento da operação Mercarato Clauso, que apreendeu R$ 600 mil no dia 4 de outubro, com um homem ligado ao grupo responsável por atuar de forma criminosa nos municípios Fortaleza, Canindé e Choró. As ações desta quinta (5), foram realizadas com apoio do Ministério Público Eleitoral e da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO-CE). De acordo com informações da PF, as investigações descobriram claros indícios de que os valores utilizados para a compra de votos, foram obtidos por meio de um esquema de caixa 2, em contratos públicos direcionados a empresas vinculadas à organização criminosa. Os valores eram destinados ao financiamento ilícito de campanhas eleitorais em mais de 10 municípios do estado.
Os indícios constatados pelas investigações serão compartilhados com as Promotorias Eleitorais das comarcas de Canindé e Choró, e podem, inclusive, desencadear ações de impugnação no âmbito do processo eleitoral. A suspeita de participação de um agente de segurança no esquema criminoso, fez com que a Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e sistema penitenciário (CGD), fosse notificada para dar continuidade às investigações. Os dados serão disponibilizados também à Procuradoria de Justiça dos Crimes contra a Administração Pública (Procap). A PF continua com investigações e novas informações podem ser divulgadas com o resultado dos trabalhos.
CN7
Confira imagens da operação: