O ano de 2025 começa com dor de cabeça novas gestões municipais no Ceará. Em pelo menos duas cidades, os prefeitos eleitos assumiram os cargos denunciando a falência das prefeituras e herdando dívidas volumosas de administrações anteriores.
Os casos de Acopiara e Araripe evidenciam um cenário de desorganização fiscal, impactando diretamente serviços essenciais à população e desafiam as autoridades fiscalizadoras.
No pequeno município de Araripe, no Cariri, o prefeito José Paulino Ferreira (PT), conhecido como Zé Gordinho, revela que a dívida municipal ultrapassa R$ 8 milhões, sendo R$ 5 milhões apenas na área da saúde.
Entre os principais problemas encontrados estão ambulâncias sucateadas, falta de transporte escolar adequado e deficiências graves na educação e assistência social. "A situação é grave, especialmente na saúde", destacou o gestor, que decretou situação de emergência.
O cenário em Acopiara também é crítico. O prefeito Dr. Vilmar (PSB) iniciou seu mandato com um problema alarmante: o hospital municipal estava sem energia elétrica por falta de pagamento, com os geradores inoperantes.
A situação compromete o funcionamento da unidade, que não dispõe de ar-condicionado suficiente e enfrenta escassez de insumos básicos. "O município está falido", afirmou o gestor, em vídeo divulgado nas redes sociais.
Responsabilidade fiscal
A situação nas duas cidades levanta questionamentos sobre a responsabilidade fiscal das gestões anteriores e reforça a necessidade de maior transparência na transição de governo.
A situação caótica também convoca órgãos como o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado a se apresentarem para dar informações sobre a situação e responsabilizar quem de direito