Em Brasília, dois edifícios da região central passam atualmente por processo de demolição parcial, em uma obra de R$ 100 milhões para reformar e duplicar parte dos apartamentos funcionais oferecidos aos deputados federais. Localizados na quadra 202 da Asa Norte, os prédios abrigam canteiro de obras que se iniciou em setembro de 2024 e cuja previsão de conclusão é fevereiro de 2026.
A Câmara banca a todos os 513 deputados o custeio da moradia na Capital federal, por meio de duas modalidades. A primeira se dá por meio dos 447 amplos apartamentos funcionais, com cerca de 220 metros quadrados cada um, distribuídos em 18 edifícios localizados nas Asas Norte e Sul.
A segunda é um auxílio moradia de R$ 4.253 por mês, para quem não usa os apartamentos, valor que pode chegar a R$ 8.401 caso o deputado destine parte da cota parlamentar que têm direito para a complementação.
O benefício é uma parte do que a Câmara banca aos parlamentares. Além do salário de R$ 44 mil, eles têm verba para contratação de até 25 assessores e cota para gastos como passagens aéreas, hospedagem e alimentação, entre outros.
As obras em andamento fazem parte de um pacote de reformas dos edifícios construídos na década de 1960 e 1970. Elas começaram ainda no início dos anos 2000 sob a justificativa de que o estado de deterioração tornava boa parte dos imóveis inabitáveis.
As obras dos nove prédios da quadra 302 da Asa Norte, que contam com 24 apartamentos cada um, já foram concluídas. Em setembro do ano passado, começaram as obras dos dois edifícios da quadra 202, os primeiros a passarem por processo de duplicação.
Esse projeto foi pensado em gestões anteriores, mas saiu do papel somente na atual, comandada pelo deputado Arthur Lira (PP/AL). Os 48 apartamentos serão divididos em 96 unidades de cerca de 100 metros quadrados cada uma. No ano que vem, há previsão de início das obras em mais dois edifícios da quadra 202 da Asa Norte, também com o objetivo de modernizar e transformar outros 48 apartamentos em 96.
“A reforma tem o objetivo de transformar apartamentos atualmente inabitáveis, com estrutura precária e instalações obsoletas em unidades seguras, modernas e funcionais, com a ampliação da disponibilidade de apartamentos funcionais”, informou a Assessoria de Comunicação da Câmara.