O ano de 2025 começou turbulento para a política cearense, com pelo menos dez cidades enfrentando crises no comando do poder executivo. Prefeitos(as) eleitos(as) estão sob investigação por irregularidades eleitorais, com processos avançados na Justiça. Em alguns casos, como Choró e Santa Quitéria, as chapas vencedoras foram impedidas de tomar posse por decisão judicial.
Em Choró, o prefeito eleito e sua chapa foram barrados devido a denúncias de irregularidades, enquanto em Santa Quitéria o prefeito reeleito Braguinha (PSB) e o vice Gardel Padeiro (PP) também foram impedidos de assumir. Em Canindé, investigações apontam um suposto esquema envolvendo a irmã de Bebeto Queiroz (PSB) para beneficiar a chapa do Professor Jardel (PSB).
Em outras cidades, como Aracati e Limoeiro do Norte, os processos ainda estão em andamento. Em Aracati, a prefeita Roberta Cardoso (Podemos) e a vice Ana Mello (Podemos) enfrentam acusações do Ministério Público Eleitoral (MPE) que incluem abuso de poder político e econômico. Já em Limoeiro, uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral segue pausada desde o recesso judicial de dezembro.
Outros municípios com prefeitos(as) sob investigação incluem Barroquinha, Quixeré, Ipu, Tauá, Moraújo e Coreaú. As acusações variam entre abuso de poder político e econômico, compra de votos e uso irregular de equipamentos sonoros durante campanhas.
Em Coreaú, o Ministério Público solicitou a cassação do prefeito Edezio Sitônio, da vice Patrícia e de um vereador por captação ilícita de sufrágio. Já em Tauá, a chapa reconduzida enfrentou decisão desfavorável em segunda instância, com voto pela cassação e perda de direitos políticos.
Com processos tramitando em instâncias como o Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o cenário político em várias cidades cearenses permanece incerto. Enquanto aguardam desfechos judiciais, os gestores enfrentam desafios para estabilizar suas administrações e atender às demandas da população.