A circulação do vírus da febre oropouche continua sendo motivo de preocupação no Ceará, especialmente na região do Maciço de Baturité, onde foram registrados 254 casos e um óbito fetal em 2024, segundo a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa). Para 2025, o monitoramento será ampliado para outras áreas serranas, como Cariri, Ibiapaba e Meruoca.
A doença, transmitida pelo mosquito maruim (ou mosquito-pólvora), tem características sazonais e prolifera em áreas úmidas, próximas a plantações de banana e chuchu. No Maciço de Baturité, as cidades com mais casos confirmados são Aratuba (67) e Capistrano (64).
Embora não haja um surto ativo no momento, a transmissão residual preocupa pela possibilidade de complicações, sobretudo em grupos de risco, como gestantes. Em julho de 2024, uma mulher grávida de 31 semanas perdeu o bebê após contrair o vírus.
Para conter a doença, a Sesa reforça a importância da vigilância em áreas de risco e o monitoramento de possíveis complicações neurológicas associadas ao vírus. Apesar disso, o secretário executivo de Vigilância em Saúde, Antônio Lima Neto, explica que a imunidade adquirida pelas populações das áreas já afetadas pode reduzir novos casos nessas regiões.