Lula se reunirá com supermercados para tratar de alta nos preços dos alimentos

Blog do  Amaury Alencar
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O presidente Lula, em discurso durante o lançamento do Programa Mais Professores para o Brasil

O presidente Lula afirmou que vai se reunir com redes atacadistas e supermercados para tratar da alta nos preços dos alimentos. (Youtube/Governo Federal/Divulgação)


O presidente Lula afirmou que vai se reunir com redes atacadistas e supermercados para tratar da alta nos preços dos alimentos. A declaração foi dada em um vídeo publicado no Instagram da primeira-dama, Janja Lula da Silva, neste domingo, 26. “Pode ter certeza que nós vamos conseguir esse intento de baixar o preço dos alimentos, pra você comer mais e melhor”, afirmou Lula no vídeo, gravado em uma horta na Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência no Distrito Federal.

O presidente atribuiu o aumento dos preços a três fatores principais: a alta do dólar, a interrupção da produção causada por eventos climáticos extremos e o crescimento da renda da população. “Na hora que há um aumento na demanda, ou seja, na hora que o povo pode comprar mais, os vendedores aumentam os preços”, explica o presidente. “E quando os preços aumentam, a gente corre o risco de ter uma inflação”.

O preço dos alimentos tem pressionado a inflação brasileira e criado preocupações na equipe de Lula, que avalia que o encarecimento das refeições está comprometendo diretamente a popularidade do presidente. A inflação brasileira fechou 2024 com alta acumulada de 4,71%, estourando o teto da meta (4,5%) perseguida pelo Banco Central. O ponto mais sensível é justamente alimentação, que encareceu 7,69% no ano passado, impulsionada principalmente pelo preço da carne, do café e do óleo de soja.

 Nas primeiras semanas de 2025, mais uma alta: o grupo de alimentação e bebidas subiu 1,06% e foi o maior responsável pela alta do IPCA-15, índice considerado a prévia da inflação oficial.

Na semana passada, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, chegou a dizer que o governo estudava “intervenções” para conter os preços, mas voltou atrás depois da repercussão negativa. Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou o boato de que o governo pretende relaxar a política fiscal para baratear os alimentos. Segundo ele, a queda do dólar e a grande safra prevista para este ano serão suficientes para conter os preços.

Ambos os ministros se reuniram com o presidente Lula na última sexta-feira para discutir o tema. Depois do encontro, Rui Costa falou à imprensa que o governo vai reduzir imposto de importação para enfrentar o problema. A medida, no entanto, é considerada paliativa e de alcance reduzido. Outra proposta bem avaliada pelo governo é a melhoria do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). Criado em 1976,ele busca incentivar empresas a fornecer alimentação a seus funcionários, com foco sobretudo em trabalhadores de baixa renda.

                                                             Veja 

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