Foto: Reprodução

O Ministério da Educação (MEC) lançará nesta terça-feira (14), no Palácio do Planalto, o programa Pé-de-Meia Licenciaturas, como parte da política Mais Professores. A iniciativa, que conta com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), oferecerá bolsas mensais de R$ 1.050 para universitários matriculados em cursos de licenciatura, com o objetivo de incentivar a formação de docentes em áreas prioritárias.

Quem pode receber a bolsa?

Para se candidatar ao programa, os estudantes devem atender aos seguintes critérios:

  • Nota mínima de 650 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem);
  • Matrícula em cursos de licenciatura como Letras, Matemática, Química, Física, Geografia, História, Biologia, entre outros.

Como funcionará o programa?

Pé-de-Meia Licenciaturas seguirá o modelo do programa homônimo voltado para alunos do ensino médio de baixa renda. As inscrições estarão abertas a partir de sexta-feira, 17, junto ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O MEC ainda não divulgou a data para o início dos pagamentos.

Por que focar nas licenciaturas?

A bolsa visa atrair e reter os melhores alunos para a carreira docente, um passo crucial para enfrentar o déficit de professores no país. Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, a medida busca valorizar a profissão e melhorar a qualidade do ensino básico.

“Queremos atrair bons alunos para a licenciatura e garantir que tenham apoio desde o primeiro dia na universidade. Assim como faltam médicos em determinadas regiões, também há escassez de professores,” destacou Santana.

Críticas e desafios

Embora o programa tenha sido elogiado por priorizar a formação de professores, críticas surgem devido aos custos elevados que podem pressionar o orçamento público. Especialistas defendem a política como uma estratégia essencial para melhorar o aprendizado nas escolas públicas.

Outras medidas no pacote Mais Professores

  1. Direcionamento estratégico de professores: O MEC pretende implementar um modelo semelhante ao Mais Médicos, alocando docentes em regiões com maior déficit.
  2. Avaliação Nacional Unificada: Criará um exame nacional para avaliar os futuros professores, semelhante ao Enem, cuja adesão será opcional para estados e municípios.
  3. Mudanças nos cursos de licenciatura: Cursos 100% à distância foram barrados e, agora, devem ter duração mínima de quatro anos, com ao menos metade da carga horária presencial.

Impacto esperado

Com foco na formação qualificada e incentivos para atrair mais estudantes, o programa busca reduzir a evasão nos cursos de licenciatura e suprir a carência de professores em áreas fundamentais. A expectativa é que essas ações, aliadas às reformas propostas, fortaleçam a educação básica no Brasil e valorizem a carreira docente.

                                          Jornal dos Municípios