MP Eleitoral pede cassação de prefeitos e vices no Ceará por irregularidades nas eleições de 2024

Blog do  Amaury Alencar
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Foto: Reprodução

Rute Oliveira

O Ministério Público Eleitoral (MPE) entrou com pedidos de cassação contra dez prefeitos e vices eleitos no Ceará, acusados de envolvimento em práticas ilegais durante o pleito de outubro de 2024. As acusações incluem abuso de poder econômico, compra de votos e outras irregularidades que podem comprometer a validade dos resultados eleitorais.

Além de Moraújo e Coreaú, que já haviam sido alvo de investigações, novos pedidos de cassação envolveram prefeitos e vices de outros municípios, como Aracati, Canindé, Choró, Ipu, Limoeiro do Norte, Quixeré, Barroquinha e Santa Quitéria. A denúncia contra a prefeita eleita de Aracati, Roberta de Bismarck, e sua vice, Ana Mello de Bismarck, destaca acusações de abuso de poder e captação ilícita de votos. O deputado estadual Guilherme Bismarck e o atual prefeito, Bismarck Maia, também estão envolvidos no caso.

Em Choró, o prefeito eleito Bebeto Queiroz, que está foragido, enfrenta investigações por irregularidades em contratos públicos e possível compra de votos. Já em Canindé, o prefeito eleito Professor Jardel e seu vice, Ilomar Vasconcelos, são acusados de receber apoio financeiro ilícito de uma organização criminosa para a realização de carreatas e compra de votos.

Investigações do MPE revelaram que, em Limoeiro do Norte e Quixeré, os prefeitos e vices eleitos utilizaram recursos públicos para coagir eleitores, oferecendo dinheiro e empregos em troca de apoio político. Os valores variavam entre R$ 2,5 mil e R$ 5 mil, parcelados, e envolviam também o pai do prefeito e diversos cabos eleitorais.

A prefeita eleita de Ipu, Milena Damasceno, e sua vice, Arlete, enfrentam a acusação de abuso de poder político e econômico, enquanto o prefeito reeleito de Barroquinha, Jaime Veras, e sua vice, Carmem Lúcia, são investigados por distribuir eletrodomésticos, como geladeiras e airfryers, para eleitores como parte de um esquema de compra de votos.

Por fim, o prefeito reeleito de Santa Quitéria, Braguinha, é alvo de uma investigação que apura a possível interferência de uma organização criminosa em sua reeleição.

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