Sobre o casal que desapareceu entre Nova Olinda e Crato, mãe faz apelo dramático

Blog do  Amaury Alencar
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Dona Franciele é mãe de Fernanda que está desaparecida. (Foto: Reprodução)

 Demontier Tenório

Neste domingo completa uma semana do mistério relacionado com o desaparecimento do casal João Eudes Leandro dos Santos, de 55, e sua esposa Fernanda Bispo Leandro, de 40 anos. Eles saíram às 8 horas de domingo (30) de Nova Olinda na direção de Crato e jamais chegaram ao destino final. Os dois moravam numa casa no Belmonte em Crato, mas, ultimamente, estavam residindo em Nova Olinda. Nesta sexta-feira a mãe dela divulgou apelo dramático pelas redes sociais com o seguinte texto.

“Eu sou Francisca Bispo, conhecida por todos como Franciele. Sou mãe de Fernanda Leandro dos Santos que está desaparecida desde domingo. Peço a todos que compartilhem essa publicação porque estamos todos aflitos com essa situação. Eu como mãe não sei mais o que fazer. Estou recém operada e tenho mais duas cirurgias por fazer. Minha filha é meus pés e minhas mãos, pois é quem cuida de tudo para mim em questão de médicos, exames, internações e minha companheira para tudo. Meus diagnósticos, exames e consultas estão tudo no celular dela, pois é quem sempre está comigo. Estou entrando em desespero! Quero minha filha em casa, cuidando dos filhos dela. Por favor, quem souber de alguma coisa entre em contato conosco. Esse é o desabafo de uma mãe que não sabe mais o que fazer”!

Os familiares de ambos seguem mobilizados, mas, até o momento, nenhuma informação concreta. O casal vinha para o Crato num veículo Fiat Strada Freedom de placas PCE5F26 dirigido pelo mototaxista João Eudes. Ele trabalhava ultimamente com o comerciante “Ronaldo do Mercantil” apontado como um dos mentores da trama para matar o ex-prefeito de Nova Olinda, Ítalo Brito.

Existem comentários que João Eudes é um homem temido em Crato e já passou bom tempo recolhido a um presídio de Fortaleza. Ele é denunciado por envolvimento em pelo menos quatro homicídios. O primeiro deles no dia 28 de julho de 1997, na Avenida José Horácio Pequeno (Belmonte) em Crato, quando matou a tiros Robledo Pereira de Brito. Os dois moravam próximos, eram amigos até se desentenderem e João Eudes o matou

Já no dia 9 de junho de 1999 matou o caminhoneiro Francisco Utan Diógenes Holanda Pinto, de tradicional família de Jaguaribe. A vítima foi morta com tiros de escopeta em Fortaleza por João Eudes que foi contratado por um PM de Crato e muito seu amigo à pedido da esposa da vítima. Ele viajou várias vezes à Fortaleza até conseguir o objetivo matando-o ao descer do caminhão. Pelo “serviço” teria recebido R$ 5 mil e comprou um Ford Pampa na capital.

João Eudes comentou sobre os assassinatos de Robledo e Utam para o seu amigo e quase vizinho no Belmonte. Raul Pierre de Farias. Depois se arrependeu e andou comentando que o mataria também como queima de arquivo. Não demorou e, no dia 5 de junho de 2000, matou o mesmo a tiros em frente à casa da vítima a qual já tinha ido à Fortaleza denunciá-lo pelo assassinato de Utam até então envolto em mistério.

Outro homicídio foi na Rua Germano de Alencar (Bairro Barro Branco) em Crato. Na noite do dia 26 de agosto de 2017 o entregador Paulo Ricardo da Silva Roque foi morto a golpes de faca. Ele trabalhava numa pizzaria na Praça da Sé de onde saiu para uma entrega sendo abordado por Cícero José da Silva, o “Nego Tinta” que o matou. A polícia descobriu que ele recebeu R$ 150,00 de João Eudes para praticar o crime por conta de suposto roubo e os dois foram denunciados pelo Promotor de Justiça Amisterdan de Lima Ximenes.

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